MDHC acompanha e monitora in loco situação prisional no Rio Grande do Norte

Ouvidor nacional Bruno Renato detalhou nesse domingo (2) como os trabalhos estão sendo conduzidos.

Oouvidor nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato, afirmou que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) compõe uma ação transversal com outras instâncias para enfrentar e combater violações de direitos no sistema prisional da região.

Direto do Presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, onde realizou nesse domingo (2) visita junto a diversos órgãos, o ouvidor nacional disse que o objetivo das agendas é acompanhar a situação das pessoas privadas de liberdade no estado e, com base no que for colhido, orientar as respostas ao cenário de crise.

As agendas estão sendo feitas em parceria com o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), bem como Conselho e Comitê de Direitos Humanos com o intuito de envolver a sociedade civil, por meio da participação social, nas ações conjuntas pela defesa das pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Nossa expectativa é que, ao longo dessa agenda, a gente integre também uma ação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para dar uma resposta efetiva ao cenário por meio do que foi relatado pelo Mecanismo”, apontou Bruno Renato.

No dia 22 de março, o MNPCT divulgou o relatório final sobre a situação do sistema prisional no Rio Grande do Norte. A perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, Bárbara Coloniese, ressalta que a partir da visita à penitenciária foi possível averiguar a atuação da Força de Cooperação Penitenciária (Focopen), enviada ao estado nas últimas semanas.

“Foi importante conhecer e entender esse funcionamento. E foi muito importante revisitar os pavilhões que inspecionamos em novembro do ano passado, na perspectiva de observar se houve alguns avanços em relação a tantas questões que abordamos detalhadamente no relatório. A gente espera que nesta segunda-feira [3], na conversa com as autoridades, a gente possa, de fato, criar um plano de trabalho a fim de construir soluções e um cenário que garanta de fato os direitos das pessoas custodiadas no sistema prisional do estado”, afirmou a perita.

Fernanda Oliveira, coordenadora-geral de Prevenção e Combate à Tortura do MDHC, ressalta que a missão no RN indica uma mudança da relação do governo federal com os governos estaduais no intuito de cooperar e estar à disposição para superar as questões.

“A gente pôde verificar que infelizmente permanece o que foi apresentado pelo Mecanismo em seu relatório no fim do ano passado. Queremos conversar, dialogar e estabelecer formas de cooperação para superar essa situação, de fato, muito grave, de violação de direitos e garantias fundamentais”, salienta.

Comitiva

A missão, que seguirá na região até esta terça-feira (4), envolve os governos federal e estadual e pretende acionar e integrar a rede de proteção com o Sistema de Justiça e a sociedade civil para fomentar a participação social. Integram também as agendas os comitês nacional e estadual de combate à tortura.

Pelo MDHC, participam da viagem ainda a Coordenação-Geral de Segurança Pública e Direitos Humanos e a Coordenação-Geral de Articulação Federativa da Secretaria Executiva. Também fazem parte o Conselho e Comitê Nacional de Direitos Humanos e a Defensoria Pública da União. Foto: Isabel Carvalho – Ascom/MDHC

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