Falta de conhecimento e tratamento errado levam a 2 mil mortes por asma por ano

Chiado no peito e tosse estão entre os sintomas

“Os desafios a serem vencidos no tratamento da asma”. Esse é o tema do Dia Mundial da Asma deste ano, que acontece amanhã, 03 de maio, e é organizado pela Global Initiative for Asthma (GINA) e promovido no Brasil pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) com o objetivo de aumentar a conscientização da asma em todo o mundo. A asma acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética.

Os principais sintomas da asma em decorrência da inflamação dos brônquios são falta de ar, chiado no peito, tosse, sensação de cansaço e dor no peito, manifestação clínica normalmente acentuada após esforço físico e até mesmo ao falar e rir.

Desafios – É possível controlar os sintomas da asma para prevenir e reduzir as crises, também chamadas de episódios de exacerbações. O Dr. Pedro Giavina Bianchi, coordenador do Departamento Científico de Asma da ASBAI, conta que são muitos os desafios para se chegar ao controle da doença, entre eles a dificuldade de conseguir que o paciente dê continuidade ao tratamento proposto pelo especialista. “Ainda é muito comum se ouvir que a bombinha para asma vicia e que quando as crises melhoram, não precisa mais seguir com a medicação”, conta Dr. Bianchi.

Além do abandono do tratamento pelo paciente, há uma série de lacunas no cuidado da asma que requerem intervenção, como o custo e acesso aos medicamentos. Outros desafios apontados por especialistas são:

Igualdade de acesso ao diagnóstico e tratamento
a comunicação e cuidados através da interface de atenção primária/secundária/terciária
o conhecimento da asma e a conscientização da doença entre os profissionais de saúde
a prescrição de inaladores e o monitoramento da adesão e capacidade de uso desses dispositivos
a conscientização do público em geral (que não tem asma) e dos profissionais de saúde de que a asma é uma doença crônica e não aguda

Tratamento – A base do tratamento da asma é com corticosteroides inalados para controle da inflamação brônquica, redução de sintomas e das exacerbações. Essas medicações não devem ser abandonadas, nem tampouco retiradas do tratamento do paciente com asma sem a devida supervisão médica.

“Durante as crises de asma, o uso de corticosteroide oral em doses preconizadas deverá ser utilizado com parcimônia e sob orientação médica. A falta de controle da doença pode resultar em crises graves e levar até à morte”, comenta Dr. Pedro Bianchi.

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