Ireuda diz que avanços das mulheres foram “unicamente devido à nossa luta” e defende “cultura da punição” contra agressores

Nesta terça-feira (08), Dia Internacional da Mulher, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), comemorou os avanços conquistados pelas mulheres nos últimos anos, principalmente nos últimos 12 meses. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o empreendedorismo feminino apresentou recuperação no ano passado. Porém, outros dados evidenciam a persistência de ataques sexistas e casos de violência.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), após retroceder para 8,6 milhões, no segundo trimestre de 2020, o número de mulheres dirigindo um negócio no país fechou o quarto trimestre em 10,1 milhões, voltando ao nível pré-pandemia.

“No início da pandemia, lamentamos a triste realidade em que as mulheres estiveram entre as mais prejudicadas pelas medidas restritivas. Agora, pesquisas mostram que essas empreendedoras conseguiram recuperar quase tudo o que perderam, unicamente devido à nossa luta, união e resistência. É louvável e animador, pois mostra que não fraquejamos diante de tantas condições adversas”, diz a republicana.

Por outro lado, Ireuda destaca a persistência de produtos da cultura machista, como falas sexistas, agressões e feminicídio, além de processos de exclusão que prejudicam o empoderamento feminino. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 56.098 estupros de mulheres ao longo de 2021, 3,7% maior em relação ao ano anterior. Foi um caso a cada 10 minutos. As mulheres negras e mais pobres são sempre as mais afetadas. Paradoxalmente, o orçamento do governo federal para combater a violência contra a mulher é o menor em quatro anos.

“Se políticas públicas de proteção perdem espaço, o machismo imediatamente ocupa esse espaço vago. Falar em proteger e amparar a mulher é falar em proteger a vida humana. Portanto, a negligência é inadmissível. Da mesma forma que, ao longo da história, a sociedade criou uma cultura da agressão, devemos agora instituir a cultura da punição”, pontua a vereadora.

“Reafirmo que, apesar dos desafios que ainda nos são impostos, também temos motivos para nos mantermos otimistas. As mulheres tiveram muitas conquistas e estão hoje num contexto muito melhor do que 100, 200, 300 anos atrás. Precisamos reconhecer isso para não perdermos a fé”, acrescenta.

Confira as falas de outras vereadoras de Salvador e membros da Comissão:

Cátia Rodrigues
“Mulher é um ser humano maravilhoso, que resume em si força e delicadeza. Que você, mulher, seja homenageada todos os dias com a intensidade que merece”.

Marta Rodrigues
“8 de março é o dia de reafirmarmos, com ainda mais intensidade, toda nossa luta contra as desigualdades e violências de gênero a que estamos submetidas, consequências do machismo e da misoginia que sustentam uma sociedade patriarcal. É fundamental continuarmos seguindo juntas, organizadas e em movimento para garantir nossos direitos que estão sendo atacados durante este desgoverno genocida e com o avanço do fascismo mundo afora. Pela vida, pela liberdade e pelo empoderamento de todas as mulheres: nenhum passo atrás! Sigamos firmes contra os retrocessos!”

Laina Crisóstomo
“Então é dia internacional da mulher e aí? Bora mandar pix para uma organização que todos os dias fortalece mulheres a romperem o ciclo da violência a @atamojuntas. Nesse dia 08 de março e o ano todo é preciso combater machismo e patriarcado com uma prática real de feminismo!”

Maria Marighella
“Não há liberdade sem insurgência. Não há comunidade sem insubordinação. A revolução será feminista ou não será.”

Roberta Caires
“Que hoje e sempre possamos lembrar da importância de nos cuidar e nos apoiar. Queremos oportunidades e respeito!”

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