Rodoviário é agredido durante assalto no bairro do Castelo Branco, em Salvador

Um rodoviário de Salvador foi ferido no bairro de Castelo Branco, por volta das 4h da madrugada desta sexta-feira (4), enquanto aguardava o transporte para seguir para o serviço. Ele teve o maxilar fraturado e foi agredido no rosto e na cabeça.

O crime aconteceu em uma região conhecida como Feirinha e foi acompanhado por moradores, que acionaram a Polícia Militar. Ferida, a vítima foi filmada pelos moradores e fez um apelo na gravação, pedindo o apoio da polícia.

“Eu sou mais um rodoviário vítima da violência aqui em Salvador, no bairro de Castelo Branco. Tem um assaltante aqui, de roupa preta, todo de preto, com uma mochila amarela, assaltando quase que diariamente. Um amigo meu aqui já foi assaltado por ele, outra vítima também ali do lado já foi assaltada por ele também, mas eu não tive a mesma sorte de não ser baleado”, disse.

“Tome uma posição, por favor, pelo amor de Deus, antes que morra um colega, um morador, alguém, por favor, pelo amor de Deus. Eu não reagi a nada, me deitei e fiz como ele falou, com toda a violência. Ele quase que me mata”.

O rodoviário foi socorrido por policiais militares e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE). Nesta manhã, não há detalhes sobre o estado de saúde dele. Em nota, a Polícia Civil informou ainda que o rodoviário teve dinheiro levado pelo criminoso. O caso é investigado pela delegacia de Pau da Lima.

O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Daniel Mota, reforçou o apelo por policiamento na região.

“Os rodoviários têm sido vítimas das 3h até o amanhecer, diariamente. A [Secretaria] Segurança Pública já sabe, o governador já sabe, o comandante-geral [da PM] já nos garantiu que das 3h da manhã até o dia amanhecer ia fazer essa segurança da nossa categoria, porque a gente acorda muito cedo, vai para a rua e fica na vulnerabilidade. É rotineiro, nessa região onde tem garagem de ônibus. Eles [assaltantes] ficam na espreita, porque sabem que cada rodoviário tem um celular, que é usado como moeda de troca no tráfico, para comprar o produto ilícito”.

Ainda segundo Daniel, muitos casos de assalto não são registrados em delegacia pelos trabalhadores, porque os bens roubados acabam não sendo recuperados.

“Na grande maioria sim, mas em outras não porque as pessoas percebem que não têm um retorno, não recebem o aparelho de volta. Fica só o registro, apenas para estatística”. (G1) Foto: Reprodução/TV Bahia

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