Presidente da Câmara do Rio vai substituir Crivella na Prefeitura

Como o vice-prefeito do Rio de Janeiro, o engenheiro de transportes Fernando MacDowell, responsável pelo projeto do Metrô da cidade, morreu em maio de 2018, a capital fluminense não tem ninguém ocupando o cargo.

Com isso, o primeiro da linha sucessória de Marcelo Crivella, preso nesta terça (22), é o presidente da Câmara Municipal, vereador Jorge Felippe (DEM), que assume o cargo pelos próximos nove dias, até a posse do prefeito eleito Eduardo Paes.

Jorge Felippe é um vereador de sétimo mandato no Palácio Pedro Ernesto. Tem 70 anos e preside a Câmara há cinco mandatos consecutivos. É aliado de Eduardo Paes, do mesmo partido, e já tinha anunciado que não concorreria à reeleição para a presidência, embora tenha sido eleito em novembro para o oitavo mandato de vereador, com 18.507 votos, que fizeram dele o 23º candidato mais votado.

Jorge Felippe chegou a ser convidado por Eduardo Paes para ser secretário municipal de Trabalho e Renda, em uma tentativa de prestigiar o partido e abrir espaço para suplentes da legenda, mas declinou e indicou o deputado estadual Jorge Felippe Neto (PSD), de quem é avô.

Curiosamente, o pai de Jorge Felippe Neto, Rodrigo Bethlem, foi secretário de Ordem Pública do governo de Eduardo Paes, com quem é rompido após o ex-secretário ter sido acusado de receber propina. Bethlem foi um foi coordenadores da campanha de Marcelo Crivella na tentativa de reeleição, derrotado no segundo turno. A mãe de Jorge Felippe Neto é a ex-deputada federal Vanessa Felippe.

O reduto político de Jorge Felippe é a Zona Oeste da cidade, concentrado em Bangu e em bairros vizinhos. Jorge Felippe foi muito criticado pelo Republicanos, partido de Crivella, por pautar os pedidos de impeachment contra o prefeito na casa, o que desgastou sua relação com o governo.

Em alguns momentos de composição entre o Executivo e o Legislativo, Jorge Felippe chegou a ser percebido como aliado de Crivella, e teve seu irmão Sérgio Luiz Felippe nomeado como Superintendente de Bangu.

Com a palavra, Jorge Felippe:

“Quero tranquilizar os moradores da cidade do Rio de Janeiro garantindo que a cidade não ficará sem comando nestes últimos dias da atual gestão. Já estou me encaminhando para a prefeitura onde vou tomar as rédeas da situação cumprindo o que determina a nossa Constituição.

Como prefeito em exercício, vou orientar a todos os secretários municipais e dirigentes de empresas e órgãos para que mantenham a máquina pública a pleno vapor. Vamos trabalhar com afinco e dedicação até o último dia. Já conversei também com o prefeito eleito Eduardo Paes.

A transição vai continuar e vamos fornecer todas as informações necessárias para a nova equipe. Vamos garantir o pleno funcionamento dos serviços municipais até o dia 1º de janeiro. O Rio de Janeiro tem prefeito.”(CNN Brasil)

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