O prefeito de Salvador, ACM Neto, anunciou nesta segunda-feira (21), o balanço financeiro da gestão e o Plano Salvador 500, que é o instrumento público de planejamento da capital baiana com ações previstas até 2049.
Segundo ACM Neto, a gestão dele vai deixar R$ 2,090 bilhões de receita para o prefeito eleito, Bruno Reis. Há oito anos, ele disse que recebeu uma dívida de R$ 77 milhões.
“Salvador estava devendo a Deus e ao mundo. A cidade mal tinha dinheiro para pagar os seus funcionários”.
Segundo ACM Neto, a prefeitura zerou a dívida de curto prazo (que antes era de R$ 1,23 bilhões, sendo R$ 770 milhões que não eram contabilizados) e os débitos precatórios vencidos e não pagos (que era de R$ 93 milhões), de gestões passadas. O gestor também ressaltou que a dívida de tributos com a União foi integralmente zerada em 2016.
“Essa foi a bronca de curto prazo que nós herdamos. Hoje estamos passando o bastão para Bruno Reis com zero de dívidas a curto prazo”, disse o prefeito.
“Temos hoje uma disponibilidade financeira maior do que as dúvidas da prefeitura. Hoje a gente tem um numero positivo de R$ 393 milhões. Isso mostra a excelente condição de saúde financeira que estamos deixando na cidade”.
ACM Neto informou que 75% do metas previstas no seu planejamento estratégico foram cumpridas durante os oito anos de gestão.
“Se eu tivesse que apontar um dos principais legados que deixaremos para o futuro da cidade está na independência, autossuficiência alcançada pela prefeitura ao longo dos últimos anos anos”, disse o prefeito de Salvador.
De acordo com o prefeito, após sua gestão, a capital não depende apenas de recursos do Estado ou Governo Federal.
“Salvador hoje está situada entre as melhores das melhores em gestão fiscal em todo o país”, contou.
ACM Neto também falou que, de acordo com seu planejamento estratégico, aplicou quase 80% do orçamento livre para investimento nas áreas mais pobres da cidade.
Outros números
Segundo o prefeito ACM Neto, a dívida consolidada do município caiu apesar da contratação de R$ 2 bilhões em novas operações de crédito internas e externas. Em 2012, a dívida era R$ 2,105 bi (R$ 3,206 bilhões atualizada pelo IPCA) e em 2020, a dívida está em R$ 1,804 (sendo que R$ 969 milhões são em operações de crédito).
O gestor também contou que a dívida contratual, operações de crédito somadas a dívidas parceladas, em 2012 era R$ 1,673 bilhões foi reduzida e neste ano está em R$ 1,415 bilhões.
A dívida parcelada também caiu de 95% para não mais que 20% da dívida contratual. A dívida considerada como “boa”, feita em operações de financiamento para investimentos, subiu de 5% para 80% da dívida contratual.
Já a dívida consolidada líquida, segundo ACM Neto, foi mais do que zerada nos últimos oito anos, apesar do ingresso de R$ 968 milhões de operações de crédito. O gestor explicou que ela ficou negativa, já que a dívida bruta, que era R$ 1,8 bilhões maior do que as disponibilidades financeiras em 2012 ficou, R$ 393 milhões menor que as disponibilidades em 2020.
A capacidade de endividamento de Salvador, conforme o prefeito, é de 126%, em 2020. Há oito anos, era de 68%.
Plano Salvador 500
O prefeito ACM Neto também anunciou nesta segunda-feira, o Plano Salvador 500, que é o instrumento público de planejamento da capital baiana com ações previstas até 2049.
O princípio básico do plano, de acordo com o prefeito, é ter uma “cidade menos desigual”, além do “exercício pleno do direito à cidade” e busca da “equidade territorial por meio da superação da segregação socioespacial”.
O plano também prevê a atualização da infraestrutura digital da cidade com redes de fibra ótica 4G e 5G, priorização da rede de atenção básica à saúde e asseguração do acesso pleno às oportunidades de desenvolvimento social das pessoas em situação de rua. O documento também vão prevê aprimoramento da mobilidade urbana e enfrentamento dos desafios climáticos.
(Tribuna da Bahia) Foto:Reprodução
