Metade dos brasileiros residentes em seis capitais estão insatisfeitos com a mobilidade urbana, aponta pesquisa

64% acreditam que o uso de carro particular piora a mobilidade urbana;
86% defendem que o uso de transporte coletivo ou compartilhado deveria ser incentivado;
73% acreditam que o uso de carro por aplicativo melhora a mobilidade urbana.

Pesquisa Datafolha encomendada pela 99, empresa de mobilidade urbana, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador, aponta a percepção da população sobre mobilidade urbana integrada, uso de aplicativos e hábitos individuais de transporte nestas capitais.

A pesquisa aponta para uma insatisfação de metade dos respondentes (47%) em torno da mobilidade urbana nas seis capitais estudadas. Apesar da redução de veículos na rua durante a quarentena, aproximadamente 62% das pessoas estão preocupadas com o aumento do trânsito no pós-pandemia.

Como solução para melhorar esse quadro, 64% acreditam que o uso de veículos particulares piora a mobilidade urbana e, consequentemente, 86% dos respondentes defendem que o uso de transporte coletivo ou compartilhado deveria ser incentivado. Nota-se, ainda, uma maior percepção das pessoas sobre o papel dos carros próprios na mobilidade urbana: 68% defendem que a existência de carro por aplicativo diminui a necessidade de ter veículo próprio.

Ainda como alternativa para evitar a volta aos congestionamentos pré-pandemia, 73% acreditam que os aplicativos de mobilidade colaboram com a fluidez do trânsito, enquanto 79% apontam que o transporte combinado (uso de dois ou mais meios de transporte) pode ser uma opção vantajosa para se locomover.

“A sociedade enxerga os carros compartilhados como ferramentas essenciais para contornar os gargalos da mobilidade, entre eles os congestionamentos. Dessa maneira, os dados dessa pesquisa mostram que, cada vez mais, os aplicativos devem se integrar aos modos de transporte nas grandes cidades para termos uma mobilidade mais efetiva e inclusiva”, afirma Alexandre Ferreira, Gerente de Políticas Públicas da 99.

Renda e economia

Além disso, é importante destacar o papel que este serviço tem ao colaborar com as economias das cidades e no aumento da renda dos motoristas parceiros: uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe) mostra que a 99 foi responsável por mais de R$ 12,2 bilhões do PIB nacional em 2019 — um resultado que leva em consideração o impacto econômico da renda obtida pelos motorista-parceiros e os seus gastos operacionais (como alimentação e combustível) e consumo das famílias (bens e serviços em geral). Esse valor foi equivalente a 0,18% do PIB brasileiro no ano passado.

Demandas da periferia em ano eleitoral

Estes dados ressaltam o papel que os aplicativos de mobilidade têm nas cidades brasileiras, seja na integração com os demais modos de transporte, na economia das cidades ou geração de renda. Por isso, a empresa busca se aproximar de populações periféricas no intuito de democratizar o acesso destes cidadãos às oportunidades nas regiões centrais.

Entre novembro e dezembro a empresa vai executar, em parceria com o IAB-SP (Instituto de Arquitetos do Brasil) e a ONG Aromeiazero, oficinas nos bairros paulistanos do Jardim Pantanal (ZL), Parque Pinheirinho D’Água (ZN), Parque Novo Mundo (ZN), Jardim Gaivota (Grajaú – ZS) e Cidade Tiradentes (ZL) com o objetivo de fomentar o debate sobre mobilidade urbana e entender as reivindicações dos moradores locais. Encontros online irão nortear intervenções nestas cinco comunidades que, de forma leve e rápida, vão catalisar transformações e atrair o interesse das comunidades sobre a mobilidade local.

“Na primeira quinzena de janeiro, com a posse de Prefeito e parlamentares, os integrantes das oficinas irão entregar nas mãos dos eleitos a compilação do material produzido com as diretrizes da agenda de mobilidade de cada território”, afirma Pâmela Vaiano, Diretora de Comunicação da 99.

As entrevistas foram realizadas entre 9 e 24 de outubro de 2020 nas seis capitais citadas. Foram ouvidas 1510 pessoas entre homens e mulheres, com 18 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas.

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