“A corrida contra a Covid-19 segue mudando a vida e os hábitos de pessoas em todo o mundo. Ficar em casa tornou-se a principal via de regra para barrar o crescimento da curva do novo coronavírus, mas a população em situação de rua continua sendo alvo fácil de contaminação e disseminação do vírus”. A avaliação é do vereador Sílvio Humberto (PSB), que também usou as redes sociais para fazer o alerta.
“É sabido por todos que redobrar a atenção com a higiene pessoal e, principalmente, fazer uso do álcool em gel, lavar as mãos com água e sabão e usar máscara facial tornaram-se práticas obrigatórias para criar uma barreira contra a Covid-19. No entanto, pessoas em situação de rua não possuem acesso à água, sabão, máscara ou a álcool em gel”, aponta.
Sílvio lamentou que esse público continua sendo um alvo fácil de contaminação, podendo ajudar na proliferação da doença. “Idosos, crianças, jovens e mulheres, incluindo grávidas, compõem a população de rua de Salvador que se espalha em diversos pontos”, diz o vereador.
Na sua análise, Sílvio reforça que é fundamental criar um fluxo de atendimento, testagem e acolhimento, o que inclui tratamento para os casos confirmados da doença. “Muito tem nos preocupado a situação dos já vulneráveis e com a pandemia a situação se agrava, em particular junto à população em situação de rua”, frisa.
Segundo o legislador municipal, o seu gabinete tem recebido manifestações, principalmente das pessoas que vivenciam o dia a dia dessa população. “Apontam que não sabem quais são os
protocolos quando forem constatados indícios de contaminação com a Covid-19. Como fazer o isolamento social desses casos? Há um abrigo especial para os quadros que não necessitam de internamento? Encaminhamos um projeto de indicação para que sejam realizados testes rápidos junto a essa população, diante da sua vulnerabilidade”, afirmou.
Sílvio Humberto acrescentou questionando: “Sabemos da redução das ações voluntárias diretamente na rua em decorrência do importante distanciamento social. Cabe às secretarias fazerem um comunicado direto aos grupos assistenciais, não somente acerca dos cuidados básicos como também sobre o protocolo para os casos suspeitos. Qual procedimento? Chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), ligar para a Sempre (Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza)?”.
