Frente Integralista nega relação com ataques ao Porta dos Fundos

A Frente Integralista Brasileira (FIB) afirmou nesta quarta-feira (25) que não tem relação com os três homens que assumiram a autoria do ataque à produtora do Porta dos Fundos na véspera de Natal. “O grupo em questão é desconhecido pela FIB e não possuímos com ele qualquer relação”, disse em nota.

Um dia após o crime, um vídeo de três supostos membros do integralismo, doutrina brasileira inspirada no fascismo, que ganhou relevância no meio do século XX, surgiu nas redes sociais, assumindo a autoria do crime.

“A justiça burguesa, covarde e corrupta, vendida para o grande capita, luta contra o povo, mas quando a Revolução Integralista vier, todos estarão condenados ao justiçamento revolucionário”, dizem na gravação.

De acordo com a FIB, o manifesto integralista elaborado por Plínio Salgado proíbe o uso de máscaras para fins de militância, como as utilizadas pelos homens no vídeo.

“O uso de máscaras para tais fins é, com efeito, uma atitude anti-integralista. Aliás, nosso Manifesto-base, o Manifesto de Outubro, de Plínio Salgado, assim afirma: ‘A nossa campanha é cultural, moral, educacional, social, às claras, em campo raso, de peito aberto, de cabeça erguida. Quem se bate por princípios não precisa combinar cousa alguma nas trevas. Quem marcha em nome das ideias nítidas, definidas, não precisa de máscaras’.

Eles afirmam ainda que o vídeo não teve sua autenticidade comprovada e, por isso, não descartam ” a possibilidade de ter sido um material forjado com o fim de incriminar os Integralistas.”

Especial de natal

Assim como no ano passado, a produtora, que tem na religião um de seus temas de inspiração, produziu um filme com a temática de natal neste ano, causando controvérsia entre cristãos e até mesmo muçulmanos.

No filme batizado de A Primeira Tentação de Cristo, Jesus é homossexual e tem um relacionamento amoroso com outro homem. Além disso, Deus vive um triângulo amoroso com Maria e José, pais humanos de Jesus.

O filme causou ruído no Congresso, levando deputados a solicitarem a ida de representantes da Netflix, plataforma onde o filme está disponível, para prestar esclarecimentos sobre a produção.(Congresso em Foco)

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