Sexo por sexo – Por Juliana de Oliveira*

Ditamos as regras não faladas. Ninguém se apega ou dá satisfação. Não precisamos nos falar todos os dias, afinal, é somente sexo.
Os encontros são puramente sexuais, mesmo que existam conversas interessantes e sorrisos sinceros.
Encontro, sorriso, beijo, motel ou casa, dormir junto ou não e no dia seguinte, cada um para seu lado.
Foi só sexo, não é?
É!
O que serve é o corpo, mesmo que você seja inteiramente incrível.
Abra as pernas, dê e pronto.
É isso.
Tire o pênis da cueca, meta.
É somente isso.
Depois, passam-se dois ou três dias.
Se falam, perguntam como estão, (isso é tão falso, ninguém quer saber como você está).
Automaticamente falam: estou bem e você? (quem liga?). Intimamente, só se quer marcar mais uma foda.
Cada um disponibiliza o que tem, cede o que pode.
Mais uma vez tiram a roupa e fodem. Mas, não se entregam.
Gozam, com consentimento.
Sem sentimento.
A pele repele, um asco, agonia.
Não precisa de carinho ou conchinha. Quer fingir afeto para quem?
Ninguém sente.
Não precisamos usar o termo “saudade”. Sabemos que é somente uma isca desnecessária.
Na lista que temos, quando enjoarmos dos outros, nos escolhemos e foderemos outra vez.
Aguarde o contato.

*Juliana de Oliveira é psicóloga, apresentadora do programa Revista Dinâmica ( Rádio Hoje Brasil) e colunista do portal Repórter Hoje
Instagram: @eujulianadeoliveira

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