Temer oferece feijoada a aliados no Alvorada após pronunciamento

Após o pronunciamento deste sábado (20), o presidente Michel Temer reuniu a base aliada do governo no Palácio da Alvorada e ofereceu uma feijoada aos políticos, de acordo com a repórter Andréia Sadi da Globonews. Estiveram presentes no local o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os deputados Beto Mansur (PSB-SP) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), os ministros Mendonça Filho (DEM, Educação) e Antonio Imbassahy (PSDB, Secretaria de Governo), entre outros.

Segundo os deputados, o objetivo da reunião era retomar, apesar da crise política, as atividades do Congresso e a tramitação das votações prioritárias para o governo, como a reforma da Previdência. De acordo com Mansur, o governo espera remontar a base nesta semana para garantir cerca de 330 votos na Câmara para aprovar a reforma.

Em uma entrevista após deixar a reunião, Mansur também criticou a delação da JBS e o áudio no qual Temer foi citado.

– Lógico que nós tivemos um problema com a fita, essas declarações do presidente da JBS, mas a gente está demonstrando que a fita não tem validade jurídica, ela teve uma série de cortes em função das declarações dos peritos, e a crise política que, eventualmente se instalou, está se dissipando em poucos dias, e a gente vai retomar os trabalhos segunda ou terça-feira dando tranquilidade à sociedade brasileira – disse.

Apesar do anúncio feito hoje pelo PSB, que deixou a base aliada, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) garantiu que o governo vai manter os trabalhos no Congresso.

– É óbvio que essa crise dá alguns arranhões. O governo está trabalhando, mobilizado e o calendário está mantido. Devemos votar a reforma previdenciária na última semana de maio ou na primeira de junho, a reforma trabalhista no Senado em junho. As reformas são fundamentais – afirmou.

Mais cedo, em novo pronunciamento à nação, Temer anunciou um recurso ao Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito em que é investigado, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas contradições no depoimento de Joesley Batista, como a informação de que o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.(Zero Hora)

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