Salvador intensifica “Plano Verão” para combater Aedes aegypti

Dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia revelam que Salvador foi o segundo município com maior número de casos prováveis de dengue no ano passado, com mais de 8,7 mil registros. Em 2020, as autoridades de saúde já contabilizam 374 notificações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Para evitar a repetição do cenário passado, a prefeitura antecipou e intensificou as ações de combate vetor. Os agentes de controle de endemias já colocaram em prática neste ano o chamado “Plano Verão”.

A ação inspeciona e combate criadouros do mosquito em escolas e casas. Além disso, os profissionais estão espalhando armadilhas pela cidade e estão aplicando inseticidas em bueiros.

A subgerente de arboviroses do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador, Isolina Miguez, conta que a capital está em alerta desde 2018 e, por isso, essas ações ocorrem em todos os bairros.

“A gente faz uma verdadeira varredura na cidade toda, durante todo o Verão, pois além de ser uma época mais propícia à proliferação do mosquito – é uma época que chove e depois faz calor. Intensificamos [também] porque é um período de festas em Salvador.”

No ano passado, os 1.060 agentes de campo realizaram mais de três milhões de visitas. A expectativa do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador é cumprir essa meta novamente neste ano.

Além do trabalho dos agentes de endemias, as autoridades de saúde reforçam o papel dos moradores no combate a focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A recomendação do Ministério da Saúde é de que essa limpeza dentro de casa seja semanal.

Tudo isso para evitar a repetição do cenário de 2019, quando foram registrados, em todo estado, mais de 67,5 mil casos prováveis de dengue – um aumento de mais de 603% em relação ao ano anterior.

Em 2020, até a terceira semana de janeiro, já foram registrados 570 casos prováveis da doença.

O coordenador de Doenças de Transmissão Vetorial da Diretoria e Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde da Bahia, Gabriel Muricy, explica que Salvador foi uma das cidades mais afetadas pela dengue. Por isso, o gestor reforça: a população soteropolitana precisa redobrar os cuidados preventivos contra o Aedes.

“Quando olhamos para os períodos mais recentes, com recortes nos meses de novembro e dezembro, o município de Salvador sustentou a epidemia por dengue. Então, em termo de números absolutos, quando somamos os números de Feira de Santana e Salvador, é em torno de 30% das notificações de todo o estado.”

Além da dengue, Salvador registrou em 2019, 3.350 casos prováveis de chikungunya e 873 casos de zika. Em 2020, já são 168 notificações de chikungunya e 31 de zika.

Para denunciar terrenos baldios, com lixo e possíveis focos do Aedes aegypti e solicitar vistoria de agentes de endemia, basta ligar no “Fala Salvador”, pelo número 156, ou para o número do Centro de Controle de Zoonoses. O telefone é (71) 3611-7372. (Ag. do Rádio)

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