Salvador ocupa a quarta posição entre as cestas básicas mais baratas do país

A alta nos preços dos alimentos tem causado desconforto no bolso dos soteropolitanos. A capital baiana ocupava a sexta posição (R$ 459,33), em relação ao valor aferido na pesquisa referente ao mês de setembro e agora ocupa a quarta colocação (R$ 454,50), uma queda de 1,05 %, no ranking das cestas mais baratas do país. O levantamento foi feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e divulgado os resultados nesta sexta-feira (6).

Dentre os produtos que registraram alta estão óleo de soja (12,30%), arroz agulhinha (9,45%), leite (4,02%), feijão (2,97%), carne bovina (1,37%), açúcar (0,80%) e farinha de mandioca (0,64%). Já os produtos que tiveram queda são: pão francês (-8,62%), tomate (-6,21%), banana da prata (-3,38%), café (-1,37%) e manteiga (-0,14%).

O Dieese também destacou as principais elevações de preços e percebeu que o óleo de soja teve aumento em 17 capitais com destaque para Brasília (47,82%), João Pessoa (21,45%), Campo Grande (20,75%) e Porto Alegre (20,22%). O alto volume de exportação, a baixa oferta interna devido à entressafra e a elevação do preço do grão no mercado internacional foram os fatores que explicaram o contínuo aumento de valor do óleo de soja nas prateleiras dos mercados.

A alta nos preços do alimentos também impulsionou o crescimento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que chegou a 0,86% em outubro frente a 0,64% registrado em setembro, acumulando alta de 3,92% em 12 meses, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).

A economista e supervisora do escritório do DIEESE na Bahia, Ana Georgina, comentou sobre o cenário atual e destacou a influência do mercado internacional nos preços dos alimentos no Brasil. “Vimos um aumento da inflação em função da alta dos alimentos e aliado a isso uma maior demanda do mercado internacional pelos produtos agrícolas, então, com a desvalorização do real há um cenário favorável para os países onde as moedas estão em alta pelo fato de comprarem os nossos produtos com um custo menor. Além disso, há uma redução da área plantada dos produtos básicos o que resulta na alta dos preços a exemplo do arroz e feijão, alimentos primordiais para a mesa do brasileiro”, afirmou.(Tribuna da Bahia) Foto: Reginaldo Ipê / Tribuna da Bahia

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