Morte de Mãe Dina de Oyá consterna Rosemberg Pinto

O deputado Rosemberg Pinto (PT) lamentou o falecimento de Dinorá Florença dos Santos, Mãe Dina de Oyá, aos 77 anos. Nascida e criada no Nordeste de Amaralina, bairro onde sua avó, D. Senhora, foi uma das primeiras baianas de acarajé, ela “foi peça fundamental” na fundação da Escola de Samba Diplomatas de Amaralina, em 1966.

Dina de Oyá, lembrou o parlamentar em moção de pesar apresentada na Assembleia Legislativa, foi criada dentro do candomblé. “Vivenciava com a mesma frequência as rotinas do terreiro de caboclo da mãe e do ilê da avó”, onde presenciava as sessões com “os caboclos Jiquiriça e Sutão das Matas” que “promoviam rituais de cura para aqueles que lá chegavam”. Foi através dessas experiências que ela tomou gosto pelo ritual de cura e de fazer remédios, despertando o “dom de rezadeira e curandeira”.

Entretanto, foi somente após a morte da mãe e da avó que ela começou a pôr em prática “o dom que lhe fora dado por Deus”. Ainda na juventude, surgiu uma outra paixão: a caridade. “Quem sentia fome sempre encontrava um prato de comida da Dona Iaiá. Com muito esforço e amor, conseguia ajudar aos que necessitavam e seu grande sonho era ter a sua própria ONG para conseguir fazer ainda mais”, relembrou o petista.

“Figura ilustre da Caminhada do Povo de Santo do Nordeste de Amaralina”, Mãe Dina de Oyá definia o evento como um importante instrumento de conscientização sobre as tradições do candomblé, e acreditava que devia conscientizar o povo de que se trata de uma religião, que ela tinha “o maior orgulho de fazer parte, e era através dele que a rezadeira podia fazer o bem e ajudar tantas pessoas”.

Infelizmente, lamentou Rosemberg, no último dia 30 de setembro “a linda história dessa mãe guerreira se encerrou nesse plano”. O petista, entretanto, tem certeza “de que, de onde estiver, ela estará olhando por todos da sua família, amigos, pela sua querida comunidade do Nordeste de Amaralina, a qual sempre lembrará do seu trabalho de amor”.

Para o legislador, Mãe Dina de Oyá “deixa um legado e um sentimento de gratidão nos seus amigos e familiares, e a certeza de que, durante toda a sua trajetória, cumpriu o seu dever como mãe, filha, amiga, confidente, curandeira e conselheira, sendo reconhecida com muito carinho por toda a comunidade do Nordeste de Amaralina”.

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