Pela primeira vez, a maioria desaprova os rumos do Brasil: 49% dizem que a direção está errada e 41% que está certa
A segunda rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2024 mostra tendência de estabilização da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estancando a queda registrada no começo do ano. A gestão do presidente é aprovada por 50% e desaprovada por 47%, uma oscilação de 1 ponto percentual para cada lado. Na avaliação geral do governo, o resultado está na margem de erro: 33% têm avaliação negativa, 33% positiva e 31% avaliam o governo como regular.
No entanto, o humor do eleitorado, que vinha influenciando negativamente as avaliações, permanece negativo. Pela primeira vez na série Genial/Quaest, a maioria dos entrevistados considera que o Brasil está indo na direção errada, uma alta de seis pontos percentuais em relação a fevereiro, enquanto 41% dizem que a direção está correta, com recuo de quatro pontos. A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 6 de maio e captou a ação federal sobre a tragédia do Rio de Grande do Sul.
Na mesma linha, aumentou para 63% o percentual dos que dizem que o presidente não consegue cumprir o que prometeu (eram 56% em fevereiro) e os que consideram o contrário são hoje 32% (eram 36%). A percepção sobre o noticiário relacionado ao governo também piorou: 41% dizem ter visto mais notícias negativas, contra 30% que receberam mais notícias pró-governo.
A pesquisa pediu exemplos de notícias positivas, e os programas sociais predominam nas respostas, lideradas pelo Bolsa Família, com 7%, seguido pela ajuda ao Rio Grande do Sul com 4%. Entre as notícias negativas, houve uma série de menções a temas econômicos, como aumento de preços/inflação, juros, aumento de impostos e aumento do gasto público.
Para 38% dos entrevistados, a economia piorou nos últimos 12 meses, contra 27% que veem melhora. A alta do custo de vida lidera de longe a insatisfação: 67% dizem que seu poder de compra diminuiu, com destaque para contas de água e luz (62%), combustível (48%) e alimentos (73%).
Mesmo assim, há otimismo sobre os próximos 12 meses: a maioria (48%) dos entrevistados segue acreditando que a economia vai melhorar, contra 30% que temem uma piora.
A pesquisa foi realizada entre os dias 02 e 06 de maio e ouviu presencialmente 2.045 brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Foto: Ricardo Stuckert-PR
