Sílvio Humberto critica construção de espigões e vendas de áreas verdes

Líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador, o vereador Sílvio Humberto (PSB) disse que a prefeitura tem empurrado goela abaixo da população mudanças geográficas significativas na cidade, como a construção de torres no Rio Vermelho, a venda de 44 terrenos, sendo 17 áreas verdes e a construção de um teleférico no Parque São Bartolomeu.

“Sem apresentar estudos de impacto ambiental, ignorando alertas de especialistas e sem sequer debater com a sociedade, a Prefeitura trata a nossa cidade como uma mercadoria sustentada pela lógica do concreto”, manifestou-se. “Temos o exemplo anterior do BRT, que caminha para tornar a capital muito mais quente, e isso é um problema, porque quando a prefeitura resolve vender áreas verdes e não dá uma outra destinação, tem uma retórica, mas na prática, se rende à visão do capital especulativo imobiliário”, completa.

O edil alerta que não se opõe à expansão especulativa imobiliária em Salvador, mas que as denúncias realizadas junto aos demais membros da oposição apontam desmandos da gestão municipal que colocam em xeque o meio-ambiente e a sustentabilidade, como o sombreamento na Praia do Buracão.

“Não somos contrários ao crescimento imobiliário do município. Nós entendemos que é fundamental impulsioná-lo com responsabilidade social, sobretudo em tempos de tantas mudanças climáticas, vide as ondas de calor que assolam o país”, refletiu.

“É preciso equilibrar crescimento econômico com desenvolvimento social e ambiental, tendo como central o compromisso com as atuais e futuras gerações”, defende.

PDDU

Sílvio Humberto solicitou o encaminhamento do projeto que visa a revisão do Plano Diretor de Planejamento Urbano (PDDU).

“O Estatuto das Cidades prevê que o PDDU precisa ser revisto a cada dez anos. E a prefeitura escolheu não fazê-lo. É o Plano Diretor que pensa a cidade de médio a longo prazo, para onde iremos, quais atividades podem ser implantadas em determinados lugares, para além de pensar a cidade como se fosse somente obras. A cidade ser planejada envolve pensar a mobilidade urbana como um direito, o que é muito caro para nós”. Foto: Ivan Luiz / Repórter Hoje

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