A Defesa Civil de Salvador reuniu hoje (13/03) o Comitê Interinstitucional de Ações Emergenciais para alinhar as ações destinadas à Operação Chuva 2024, a ser iniciada em abril. O comitê, instituído pelo decreto nº 29.187/2017, que criou o regimento da Defesa Civil, articula e desenvolve ações para a atuação dos órgãos parceiros, visando apresentar resposta em situações de emergência, principalmente durante os períodos mais chuvosos na capital, entre abril e junho.
Ao dar as boas-vindas aos presentes, o diretor-geral da Defesa Civil, Sosthenes Macêdo, destacou a reformulação do órgão na gestão de ACM Neto em 2016, que passou a enfatizar a prevenção como foco central de suas atividades, visando preservar vidas e reduzir a ocorrência de desastres em áreas de risco. As boas práticas adotadas resultaram na certificação da capital baiana como Hub de Resiliência do programa Construindo Cidades Resilientes (MCR2030) em 2023.
“Nós não realizamos nada sozinhos, precisamos da colaboração de todos vocês para termos respostas imediatas em situações de emergência. A atuação do comitê é indispensável para a consolidação da política de prevenção e redução de riscos de desastres, que tem no bom funcionamento do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC) um papel preponderante na condução da Operação Chuva”, acrescentou Sosthenes Macêdo.
Ainda segundo o diretor, “o trabalho realizado pelo SMPDC junto à Defesa Civil tem nos permitido atravessar momentos críticos, como o da Operação Chuva 2020, que teve o maior acumulado de chuvas em 36 anos, e o da Operação de 2021, marcada pela pandemia do coronavírus, mas sem o registro de perda de vidas”, lembrou.
O secretário de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, Luciano Sandes, disse que há 12 anos acompanha o desenrolar das operações chuva, ressaltando “o papel colaborativo das prefeituras-bairro junto à Defesa Civil nas respostas às demandas da população”. Por sua vez, o secretário da Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), Lázaro Jezler Filho, acentuou a importância da “ação articulada do SMPDC para o bom funcionamento da Operação”.
Operação Chuva
A Operação Chuva está dividida em duas etapas: a preparatória, realizada ao longo do ano e intensificada em março, e a de alerta, entre abril e junho, quando são aplicados protocolos de monitoramento e resposta a situações de risco e prevenção de desastres.
Como parte da etapa preparatória, a Prefeitura de Salvador já investiu, entre as gestões dos prefeitos ACM Neto e de Bruno Reis e da vice-prefeita Ana Paula Matos, na construção de 187 muros de contenção e na aplicação de 300 geomantas em áreas de risco da capital.
No preparo para a Operação, foram colocados entre janeiro e março deste ano cerca de 30.462 m² de lona plástica em 176 localidades, como ação paliativa e preventiva, procedeu-se à: limpeza e remoção de lixo acumulado, drenagem superficial de água acumulada em encostas, manutenção e recuperação de escadarias, limpeza de bueiros, limpeza de canais e córregos, entre outras ações. “A parceria com a Limpurb para essas ações é imprescindível”, destacou Sosthenes Macêdo.
Foram ainda destacados os projetos educativos da Defesa Civil, desenvolvidos nas comunidades, entre os quais o de formação dos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs), o Nupdec Mirim, o Mobiliza Defesa Civil e o Projeto Defesa Civil nas Escolas, que têm como objetivo partilhar conhecimentos sobre defesa civil, percepção de risco, preservação ambiental e mudanças climáticas, formando multiplicadores aptos a colaborar em momentos críticos provocados pelas chuvas.
Também são intensificadas no período as vistorias técnicas de imóveis e áreas de risco, com a notificação de moradores quando necessário, além da monitoria de pontos críticos de alagamento e identificação da necessidade de intervenções como limpeza de canais, demolições e colocação de lona.
Durante a etapa de alerta, os órgãos e entidades participantes da Operação Chuva ampliam a atenção às áreas de risco, priorizando atividades voltadas para minimizar a ocorrência de desastres ou seus efeitos.
Participantes
Participaram da reunião, além do diretor geral da Defesa Civil, Sosthenes Macêdo; o secretário da Secretaria de Manutenção, Lázaro Jezler, e a subsecretária Aline Azevedo e Nilo Maciel; o secretário de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, Luciano Sandes; o secretário de Infraestrutura, Luiz Carlos; o subsecretário da Semob, Paulo Emanuel; o diretor da Sempre, Marcílio Bastos, junto com Mariana de Almeida e Eliana Suzart; o diretor de infância e juventude da SMPJ, Euvaldo Jorge Jr. e Tamara Nascimento; Everalo Freitas e Antonio Lins, Sedur; além de Alex Freitas de Oliveira, Transalvador; Jessica Reis, GCM; Lorena Almeida, Ouvidoria; Mateus Dourado, Desal;
Débora Gomes, Casa Civil; Clarissa Teixeira, Ricardo Cardoso dos Santos, Lauriana Pereira e Augusto Batista, da SMS; José Carlos Garrido, Bahia Gás; Tais Vieira, Embasa; Jéssica Lima e Sandra Fonseca, Coelba; o TC CBM, Ramon Diego Diniz; o comandante Lamin, da Capitania dos Portos; o TC PM Laimisson de Oliveira; e pela Defesa Civil de Salvador: a coordenadora de Ações de Prevenção e Redução de Riscos, Gabriela Morais, o coordenador de Ações de Contingência, Francisco Costa Júnior, o assessor chefe, Carlos Eduardo Nunes Costa; a assessora técnica, Denise Fraga; Cristiane Montenegro, Ivan Paes Leme, Sonia da Conceição, Romildo Campos, Mateus Batista, e Alana Matos. Foto: Ascom / Codesal
