CCZ reforça combate à dengue em locais que receberam festejos de Carnaval

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), prossegue com a operação pós-Carnaval de combate à dengue, em Salvador. Na segunda-feira (19), a ação ocorreu no Campo Grande, onde houve atividade de UVB pesada, conhecida como carro fumacê, e também nos bairros da Barra, Ondina, Garcia, Nordeste de Amaralina e Itapuã. Nesta terça-feira (20), os agentes seguem com a operação no Centro Histórico de Salvador, Pau da Lima, Cajazeiras, Liberdade e Periperi.

De acordo com a coordenadora do CCZ, Isolina Miguez, a iniciativa acontece sempre que ocorrem grandes eventos na cidade, a exemplo do Carnaval, festas populares e do Festival Virada Salvador. Antes das festas, as equipes fazem uma varredura, inspecionando as ruas circunvizinhas à folia, aplicando o inseticida, para, caso haja uma circulação viral, que ocorra em menor quantidade naquela região. Além disso, durante o tratamento focal, é aplicado o larvicida (em forma de pastilhas), tratando possíveis focos e eliminando criadouros.

“O que pode ser eliminado, eliminamos. Agora, fazemos a borrifação com o inseticida para diminuir a quantidade de mosquitos e, como recebemos muitos visitantes, temos que fazer o pós, porque mesmo com a inspeção e com o fumacê, pode ter ficado criadouro, produzindo novos mosquitos. E eles podem ter picado outras pessoas, contaminando os mosquitos. Por isso, é feita a segunda etapa”, conta a gestora.

“A cidade estava lotada de pessoas em todos os circuitos. Com isso, algum folião com dengue, porém assintomático, pode infectar estes mosquitos. Por isso, essas são essas atividades necessárias e fundamentais dentro do ciclo do mosquito transmissor de arboviroses”, explica a vice-prefeita e titular da SMS, Ana Paula Matos.

Mutirões – Desde setembro de 2023, a SMS vem promovendo ações de abertura de imóveis abandonados com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e com a Guarda Civil Municipal (GCM), fazendo remoção mecânica, colocando larvicida e inseticida nesses locais. Além disso, junto com a Limpurb foram feitos mutirões com acumuladores e de limpeza de modo geral e, junto com a Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), limpando os canais.

As ações fizeram com que os resultados, até agora – na contramão do Brasil – sejam de diminuição. Em média, a capital baiana tem registrado índice menor a 60% em relação a casos suspeitos e confirmados em 2023 para 2024.

Mesmo assim, apesar dos cuidados e resultados, os trabalhos continuam sendo reforçados. “Nós continuamos trabalhando, porque sabemos que momentos como os últimos dias, em que choveu, a água parada pode até acumular. Então, a Prefeitura está fazendo tudo com a prevenção, dando uma amostra ao Brasil de como é que se faz, com limpeza, com organização, com estrutura”, completa Ana Paula.

Apesar das ações municipais, também cabe ao cidadão fazer a sua parte. “Nosso objetivo é diminuir ao máximo a proliferação e os criadouros, pois Salvador tem toda a condição para o mosquito se reproduzir: água e calor. Quando chove, alimenta os criadouros, então é difícil erradicar. Outra coisa importante é que 85% dos focos são intradomiciliares. Então pedimos aos cidadãos que tenham um olhar de agente de endemia dentro de casa e, se por acaso a pessoa ver o foco, um tanque aberto, uma piscina sem tratar, alguma coisa que possa armazenar água, ligue para o 156 que vamos direcionar uma equipe para inspecionar”, finaliza a coordenadora do CCZ. Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS

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