Dia Mundial do Diabetes: especialista dá dicas de como diagnosticar e prevenir a doença

A data, que será celebrada na terça-feira, 14, chama a atenção este ano para a importância de conhecer os riscos do diabetes do tipo 2

Fome e sede constantes, vontade de urinar diversas vezes ao dia, perda de peso, visão turva, formigamento ou dormência nas pernas são alguns dos sintomas que podem indicar um quadro de diabetes mellitus, que é dividido, entre outros, nos tipos 1 e 2. A doença, apesar de não ter cura, pode ser controlada com acompanhamento médico, com mudanças nos hábitos cotidianos, uma boa alimentação e prática de exercícios, e, em alguns casos, uso de medicação.

A endocrinologista e consultora do Sabin Diagnóstico e Saúde, Thaisa Trujilho, explica que o diabetes tipo 1 é uma condição autoimune, cujo sistema imunológico agride as células das ilhotas do pâncreas, que produz a insulina. “Ocorre, principalmente, em crianças e adolescentes que precisam usar insulina para sobreviver”, informa.

Já o tipo 2, ainda conforme a especialista, está associado à resistência à insulina: “Isso ocorre porque as células do corpo não respondem adequadamente a ação desse hormônio. Acontece, habitualmente, em adultos e está fortemente associada com fatores do estilo de vida, como dieta inadequada, falta de atividade física e aumento do peso”.

Além desses dois tipos, há outras condições relacionadas à doença, como a pré-diabetes –que ocorre quando a glicemia se eleva, mas não o suficiente para o diagnóstico de diabetes, e o diabetes gestacional, associado ao aumento da concentração dos hormônios que provoca uma resistência insulínica na gravidez.

De origem múltipla, o diabetes está associado a uma produção insuficiente ou uma ação inadequada da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que regula a glicose no sangue e, consecutivamente, ajuda a gerar energia para o funcionamento do corpo.

Informações do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) apontam que 16,8 milhões de brasileiros adultos (entre 20 a 79 anos) vivem com a doença, o que torna o país o 5º com mais incidência no mundo, atrás da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Até 2030, a estimativa é que os casos dessa enfermidade cheguem a 21,5 milhões.

A endocrinologista destaca que, neste ano, o Dia Mundial do Diabetes, que será celebrado nesta terça-feira, 14, terá como foco a importância de se conhecer o risco de diabetes tipo 2, visando ajudar a prevenir a doença, que pode ser diagnóstico por meio de exames laboratoriais que detectam o aumento de glicose no sangue, como o de glicemia de jejum e hemoglobina glicada, além da curva glicêmica, ou teste oral de tolerância à glicose. Neste último, o paciente faz a coleta do sangue também em jejum e recebe a oferta oral de glicose. Logo depois, é feita uma nova dosagem de glicose no tempo 120 minutos para avaliar a elevação do açúcar no organismo.

Com o diagnóstico, é importante iniciar um tratamento para estabelecer um controle glicêmico dentro das metas desejáveis para reduzir o risco de complicações, como doenças cardiovasculares, neuropatia, retinopatia e problemas renais. “O paciente pode apresentar ainda alterações na cicatrização, uma vez que pode ocorrer um desequilíbrio na circulação sanguínea, resultando em uma diminuição do fluxo de sangue para áreas feridas. Isso reduz o suprimento de oxigênio e nutrientes necessários para a cicatrização adequada”, esclarece.

A especialista alerta que uma alimentação saudável, monitoramento dos níveis glicêmicos, atividade física regular e uso de medicamentos orais e/ou de insulina subcutânea, a depender do tipo de diabetes e da necessidade do paciente, também são adotados para controlar a doença. “O tratamento é individualizado, sendo importante o paciente ser acompanhado pelo médico de forma regular e realizar os exames de rotina”, informa Thaisa. Foto: Acervo Sabin

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