‘As tranças são uma história viva e um símbolo de autoafirmação’, diz Ireuda Silva no Novembro Negro

No mês dedicado a homenagear a história e a cultura afro-brasileira e reafirmar a luta contra o racismo, a vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), enaltece a importância das tranças e da arte trancista como herança a ser preservada e valorizada. A republicana lidera a luta pela regulamentação da profissão, que está prestes a se concretizar, e tem projetos que visam torná-la patrimônio cultural imaterial do Brasil, da Bahia e de Salvador.

“O Novembro Negro é uma oportunidade para reconhecermos a riqueza da cultura afro-brasileira e a contribuição da população negra para a nossa sociedade”, afirmou Ireuda Silva. “As tranças têm uma importância profunda em nossa história, não apenas como um penteado, mas como um símbolo de resistência, identidade e conexão com nossas raízes.”

As tranças têm uma importância histórica significativa em muitas culturas ao redor do mundo. Em muitas culturas africanas, por exemplo, as tranças eram usadas para transmitir mensagens específicas sobre a identidade étnica, status social, idade e até mesmo estado civil. Durante a época da escravidão nas Américas, as tranças também eram usadas como uma forma de comunicação entre os escravizados, muitas vezes escondendo mapas e informações valiosas. Hoje, as tranças continuam a ser uma expressão da identidade cultural, moda e afirmação de identidade.

“Quando vemos alguém com tranças, estamos olhando para uma história viva. Cada trança conta uma história e carrega um legado que merece ser honrado e respeitado”, avalia Ireuda.

Além de destacar a importância cultural, Ireuda Silva também enfatizou que as tranças são uma forma de empoderamento e empreendedorismo para muitas pessoas negras. “A aceitação de nossos cabelos naturais, incluindo as tranças, é uma parte crucial da luta contra a discriminação racial e o racismo estrutural. Além disso, há hoje no Brasil milhares de pessoas que vivem e geram emprego e renda com o trabalho de trancista, movimentando a economia”, observou a vereadora. Foto: Divulgação

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