Varejo tem melhor terceiro trimestre dos últimos três anos, aponta CNC

Vendas de Natal podem ter maior crescimento em 10 anos. Alta trimestral e cenário mais favorável para o crédito levam CNC a revisar de 2,0% para 2,4% previsão de aumento nas vendas em 2023

O varejo tem crescimento mensal de 0,6% em setembro, fechando o terceiro trimestre do ano com uma alta de 1,3%, em relação ao trimestre anterior, o maior avanço para o período desde o terceiro trimestre de 2020 (+8,5%), quando o setor se reerguia das perdas da pandemia. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (08/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante do cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a previsão de crescimento das vendas do varejo de +2,0% para +2,4%, em 2023.

A comparação anual também demonstra a retomada do nível de atividade do varejo, com um aumento de 3,3% nas vendas do setor, em relação a setembro de 2022. Esta é a quarta alta seguida nessa base comparativa e a maior para meses de setembro desde 2020.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as previsões para 2023 são positivas. “O varejo brasileiro tem mostrado resiliência, inicialmente impulsionado por segmentos de bens essenciais, mais influenciados pela desaceleração dos preços e pouco afetados pelas condições de crédito. Mas com a tendência de queda dos juros, a partir do meio do ano, acreditamos que os setores mais dependentes do crédito, podem aproveitar o Natal para ensaiar um início de recuperação”, afirma Tadros.

Boas expectativas para o Natal
Alinhada às expectativas positivas do varejo, as previsões da CNC para o Natal são de crescimento de, pelo menos, 5,0% nas vendas do setor, em 2023. Se confirmado, este seria o maior avanço desde 2013, quando as vendas cresceram 4,9%.

Segundo o economista da CNC, Fabio Bentes, o Natal movimentou mais de R$ 65 bilhões no ano passado. “Esta é a principal data comemorativa do varejo nacional. Para o comércio, além da melhoria das condições de preços e da perspectiva de redução das taxas de juros aos consumidores, também contribui a valorização cambial, que permitiu ampliar as importações, com uma queda no câmbio de 5,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2022”, explica o economista responsável pelo levantamento. Foto: Valter Campanato / Ag. Brasil

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