Diplomata da ONU Gerson Brandão recebe título de cidadão soteropolitano da Câmara de Salvador

A Câmara Municipal de Salvador vai entregar, na próxima segunda-feira (6), a partir das 18 horas, no plenário Cosme de Farias, uma de suas principais honrarias ao africanista, pesquisador e diplomata da ONU Gerson Brandão: o título de cidadão soteropolitano.

Durante a entrega, também ocorrerá o lançamento de seu mais novo livro “Likasi: o presente, o passado e o futuro do Congo”. O evento será transmitido ao vivo pela TC CAM (12.3), pela rádio CAM (105.3 FM) e pelas redes sociais (www.facebook.com/tveradiocam).

Formado em Direito pela Universidade de Paris, Gerson tem mais de 20 anos de experiência em Relações Internacionais, Resolução de Conflitos e Gestão de Catástrofes e já viajou mais de 90 países, tendo adquirido extenso conhecimento no funcionamento de missões de manutenção da paz, confrontos etno-religiosos, além do desarmamento e reintegração de ex-combatentes.

A obra que será lançada na data especial é fruto das vivências do autor na África e aborda a exploração de recursos naturais e os desafios que enfrenta a República Democrática do Congo na luta constante em favor do desenvolvimento sustentável. A honraria concedida pelo legislativo municipal ao fluminense de nascença, mas criado em Salvador, onde morou quando criança e parte de sua juventude, foi um pedido da vereadora Marta Rodrigues (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina.

Segundo Gerson Brandão, a obra “Likasi” destaca a importância desses recursos, os desafios históricos e atuais do país e as questões globais relacionadas à exploração desordenada de riquezas minerais. Ele também propõe soluções, incluindo a implementação de um Compromisso Social por empresas importadoras de minérios. “A proposta do livro é promover uma reflexão sobre o quão importante é a proteção do meio-ambiente e as similaridades entre o Brasil e o Congo como países-chaves para o futuro da humanidade”, afirmou.

A vereadora do PT acrescenta, ainda, que o livro convida os leitores a refletirem sobre as consequências da exploração mineral na RDC e em todo o mundo, desempenhando um papel educativo e social significativo.

“Gerson tem uma trajetória que muito nos honra e sua história de vida está atrelada a nossa cidade. A partir de experiência, e vivência em Salvador, cidade com a qual tem intensa ligação, ele desenvolve e desenvolveu papel relevante para a valorização da cultura afro-brasileira e do protagonismo negro. NA verdade, é uma honra para Casa conceder esse título a uma figura com tanta abrangência social, dentro e fora do Brasil”, comenta.

Biografia- Gerson possui especialização no Direito Internacional Humanitário pela Universidade de Leiden, da Holanda, mestrados em Gestão de Recursos Humanos, pela Universidade de Liverpool, da Inglaterra, e em Direitos Humanos e Cooperação Internacional, pela Universidade de Estrasburgo, na França. Além disso, o pesquisador possui mais de 50 textos publicados em revistas científicas e veículos de comunicação no Brasil e no exterior. Um dos seus livros que também tem destaque é “19 de Agosto”, que marca o dia em que a ONU foi, pela primeira vez, atacada pelo fundamentalismo.

Anterior ao trabalho com a ONU, ele administrou por 5 anos projetos da ONG Francesa “Médicos do Mundo” e da ONG Britânica “Merlin”; contribuindo para o restabelecimento de serviços médicos e assistência às vítimas da guerra em Angola, Libéria, Costa do Marfim, Congo, Sudão, Timor-Leste e Iraque. Mais recentemente, ele participou da equipe da ONU na ajuda humanitária na Ucrânia, devido à guerra com a Rússia. Foto: Divulgação

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