Comunidade rural de João Dourado colhe os frutos da agricultura sustentável

A comunidade de Mata do Milho, localizada no município de João Dourado, passou por uma transformação em sua agricultura e economia graças ao Sistema de Produção Agroecológica, Integrada e Sustentável (PAIS). Um sistema que garante a segurança alimentar e nutricional das famílias, impulsiona a economia local e promove a produção agroecológica.

A ação tem sido tão bem-sucedida que a comunidade se tornou uma referência no território para outras localidades. Sob o apoio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o sistema PAIS foi implantado na comunidade, trazendo melhorias significativas na vida das 40 famílias que compõem a Associação Comunitária dos Remanescentes de Quilombolas da Mata do Milho.

O cenário na Mata do Milho é agora um exemplo de produtividade e diversificação na produção de alimentos. Os investimentos da CAR incluíram a entrega de caixas de cinco mil litros e duas de mil litros para a produção de caldas para hortaliças, bem como sementes de alface, coentro, rúcula, couve, salsa, pepino, pimentão, maxixe, entre outras. Além disso, foram fornecidas placas solares com bomba e estruturas para um galinheiro e um viveiro.

A presidente da Associação de Remanescentes Quilombolas de Mata do Milho, Iraci Pereira dos Santos, expressou sua gratidão pela ação realizada. “Antes, sobrevivíamos cultivando mamona e milho em áreas de sequeiro. Foi quando tivemos a oportunidade de iniciar o PAIS, que nos ajudou a crescer e melhorar a renda das famílias. Agora, produzimos hortaliças, verduras e frutas e fornecemos esses produtos para quatro escolas do município de João Dourado. Isso nos permitiu ter uma renda estável e alimentos saudáveis ​​para nossas famílias, sem a necessidade de comprar produtos agrícolas com agrotóxicos”.

Para a agricultora Dineide Costa de Santana, a transformação foi surpreendente: “Quando começamos, plantávamos mamona e vendíamos para atravessadores, quase não lucramos. Após o projeto, começamos a trabalhar e percebemos que estávamos no caminho certo. Quando vendemos nossos primeiros produtos e vimos dinheiro na conta, pensamos que algo estava errado. Estamos muito felizes com nossa produção”.

Outra beneficiária do sistema PAIS, Cleidiane Viana dos Santos, compartilha seu entusiasmo. “Aqui, estamos produzindo cerca de 800 quilos de verduras e hortaliças e nossos produtos são orgânicos, sem veneno nenhum”.

A produção agroecológica de Mata do Milho está prestes a receber o selo de produção orgânica do selo Brasil Orgânico OPAC Rede Povos da Mata. Os produtos são fornecidos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) estadual em escolas da região, e a associação está competindo para fornecer para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

A iniciativa não está apenas transformando a agricultura na Mata do Milho, mas também demonstra como a produção agroecológica pode gerar impactos positivos nas comunidades rurais e na economia local. Foto: Geraldo Carvalho/CAR-GOVBA

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