Quase 60% dos brasileiros afirmam que influenciadores têm grande impacto na saúde mental das pessoas

Pesquisa em parceria do Opinion Box e o canal Histórias de Ter.a.pia traz levantamento sobre os diversos aspectos que contribuem para uma vida saudável

A responsabilidade na propagação de conteúdo nas redes sociais e o impacto social dos influenciadores é uma discussão cada vez mais presente na sociedade. 32% dos brasileiros afirmam que consomem conteúdo relacionado à saúde mental nas redes sociais, enquanto 23% seguem influenciadores que falam sobre esse tema, corroborando com a discussão. Os dados são da pesquisa “Saúde Mental e Bem-Estar”, realizada em parceria pelo Opinion Box e o canal Histórias de Ter.a.pia, que busca entender como as pessoas estão se sentindo e cuidando do seu bem-estar psicológico nas diferentes esferas da vida, incluindo no ambiente digital.

O canal Histórias de Ter.a.pia, criado por Lucas Galdino e Alexandre Simone, utiliza da escuta ativa para disseminar conteúdo positivo e promover a transformação social através de temas que impactam diretamente sua comunidade. “Essa pesquisa vem para somar e trazer mais esclarecimento, tanto como contribuição para o tema e também como orientação para a nossa linha editorial, que é sustentada pelos pilares de inspiração, emoção e pautas sociais”, afirma Lucas Galdino, cofundador do Ter.a.pia

O levantamento, realizado no mês de agosto com 2.119 pessoas, tem maioria residente na região Sudeste, com 46%, seguido pelo Nordeste, com 26%, sendo 83% das classes C, D e E. As mulheres são campeãs na hora de buscar por tratamento psicoterapêutico, com 23%, contra 15% de homens.

Neste cenário, 80% concordam que doenças mentais precisam ser levadas a sério, mas entre os que se preocupam com o bem-estar psicológico, 25% disseram cuidar muito, enquanto 14% admitiram não cuidar da saúde mental.

Os números indicam a importância de falar sobre saúde mental e esclarecer temas, que antes eram tabus, mas hoje são essenciais para o bem-estar coletivo e individual, no offline ou no online: 80% dos entrevistados admitiram que já deixaram de acompanhar influenciadores que trataram de forma irresponsável assuntos relacionados à saúde mental.

Para Alexandre Simone, cofundador do Ter.a.pia, apresentar dados gerados por criadores representa o compromisso com uma carreira responsável. “Influenciadores e criadores de conteúdo têm papel fundamental nas relações contemporâneas. Temas como o universo LGBTQIAPN+, etarismo, suicídio e causa indígena devem ser tratados com responsabilidade e verdade nas redes sociais”.

O impacto socioeconômico na busca pelo bem-estar

A pesquisa aponta que 30% dos entrevistados afirmam estar muito bem e saudáveis mentalmente. Em contrapartida, 11% se sentem mal ou muito mal quando se trata de saúde mental. Na amostragem, percebe-se, no entanto, que a posição socioeconômica pode ser determinante na busca por cuidados mentais. Segundo o levantamento, 83% dos entrevistados estão nas classes CDE (pessoas que vivem com até 5 salários mínimos por mês) e, destes, 28% alegam a falta de dinheiro para engajar em cuidados psicoterapêuticos, apontando que elementos sociais e financeiros estão entre os fatores que contribuem para a busca de um bem-estar maior.

O retorno ao trabalho presencial

Com o fim da pandemia, algumas empresas voltaram ao presencial, o que provocou um debate nas redes sociais sobre as diferenças do trabalho remoto para o pessoal e as preferências de cada um. Os números do levantamento mostram que 28% dos entrevistados preferem trabalhar de forma totalmente presencial, em contrapartida, 20% escolheriam a opção totalmente remota se pudessem. Entre os 40% que indicaram escolher o formato híbrido pela preservação da saúde mental: as justificativas variam entre equilibrar as interações com outras pessoas e ambientes e a opção de ficar alguns dias em casa.

“Falar sobre saúde mental é muito importante e nos últimos anos esse tema vem ganhando cada vez mais destaque. Essa conscientização é um passo fundamental para quebrar o estigma em torno das questões de saúde mental e garantir que as pessoas recebam o apoio necessário para uma vida emocional e psicologicamente saudável. Mesmo que 82% concordem que os transtornos mentais precisam ser levados mais a sério, apenas 2 em cada 10 pessoas dizem fazer terapia atualmente. Neste relatório de pesquisa, buscamos entender exatamente isso: como as pessoas têm cuidado do seu bem-estar e como estão se sentindo. Afinal, a nossa mente também merece um olhar cuidadoso.”, explica Daniela Schermann, CMO do Opinion Box.

Categorias: Noticias

Comentários estão fechados