SMS alerta sobre importância da vacinação contra HPV para prevenir IST e câncer

A vacina contra o HPV, sigla em inglês para Papilomavírus Humano, é o melhor meio de prevenção contra os variados tipos do vírus, tanto aqueles que podem causar uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), que geralmente se manifesta por meio de verrugas genitais em mulheres e homens, como aqueles que podem progredir para vários tipos de câncer. Em Salvador, 270 mil pessoas estão na faixa etária para se vacinar e em algumas faixas etárias a procura tem sido abaixo de 10%, muito aquém do ideal.

Como parte do calendário básico de imunização, a vacina HPV quadrivalente está disponível durante todo o ano nas 160 salas de vacinação do Município, nos diferentes bairros da capital baiana. O público-alvo é formado por meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, e o ciclo completo envolve a aplicação de três doses.

A coordenadora de Imunização da SMS, Doiane Lemos, ressalta que é muito importante que as pessoas elegíveis se vacinem. “A vacina HPV protege contra quatro tipos de sorotipos 6, 11, 16 e 18 do vírus HPV, que é uma infecção sexualmente transmissível com potencial para causar câncer do colo de útero, câncer peniano, anal, carcinoma orofaríngeo e cânceres de cabeça e pescoço. Então, ela tem esse diferencial muito importante de prevenir contra esses tipos de câncer, principalmente de colo do útero nas mulheres, e com isso proporcionar longevidade para a população”, afirma.

Ela lembra que a idade indicada pelo Ministério da Saúde já passou por algumas alterações até chegar à indicação atual. “Algumas pessoas ainda têm uma visão equivocada e acreditam que a vacina contra o HPV vai estimular o início da atividade sexual. Na verdade, a vacina contra o HPV estimula o organismo a produzir anticorpos que vão agir contra o vírus. Por isso é priorizada a aplicação das vacinas na idade em que se acredita não ter iniciado a atividade sexual e em que ainda não tenha havido contato com o vírus. Por isso também é muito importante que os pais e responsáveis levem as crianças e adolescentes para que possam receber o imunizante na idade indicada e mantenham o calendário atualizado”, acrescenta.

Proteção – O HPV é transmitido principalmente pelo contato sexual sem proteção, entretanto, qualquer contato entre pele e mucosa afetada pode levar ao contágio. A transmissão pode ocorrer entre a mãe e o feto, através da saliva, de autoinfecção e de infecção por perfuração ou corte com objetos contaminados.

Para garantir que os dois filhos adolescentes estejam protegidos contra a IST e o câncer, Carolina Vieira, de 40 anos, fez todo o empenho para que eles recebessem as doses. Segundo ela, a filha Maria Luísa, de 16 anos, já tomou duas doses, a primeira durante uma campanha na escola e a segunda na USF Terreiro de Jesus. Já o filho caçula, Juan, 12, tomou a primeira dose com 10 anos e agora ela se planeja para levá-lo para a aplicação da segunda dose.

“HPV é um vírus totalmente prevenível por meio da vacina, portanto eu acho muito importante se prevenir e manter o calendário vacinal atualizado para que os meus filhos não tenham nenhuma doença. Acho que todo pai e toda mãe deve vencer o preconceito e vacinar os seus filhos”, opina.

Dados – Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma estratégia global para eliminar o câncer de colo do útero, baseada na vacinação, rastreamento e tratamento. Uma das metas estabelecidas até 2030 é a vacinação de 90% das meninas contra o HPV até os 15 anos de idade. A vacinação dos meninos também é importante, pois evita a disseminação do vírus e a ocorrência de outros tipos de câncer, a exemplo do peniano e anal.

Ainda segundo a OMS, o câncer de colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. Na região das Américas, a cada ano, mais de 72 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo do útero e 34 mil perdem a vida devido à doença. Foto: Bruno Concha/Secom PMS

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