HPV: vacina nonavalente protege contra mais tipos de vírus

Infectologistas reforçam a importância de imunização para barrar a transmissão do papilomavírus humano; saiba mais

O HPV, ou papilomavírus humano, é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum em todo o mundo, sendo a principal causa de câncer de colo de útero ou cervical. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 200 tipos do vírus do HPV, dos quais pelo menos 12 são considerados oncogênicos. Dentre estes estão os tipos 16 e 18, que são de alto risco, uma vez que estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

No entanto, um imunizante lançado recentemente protege o organismo contra essas infecções causadoras de lesões pré-cancerosas. O produto, chamado comercialmente Gardasil 9, está disponível apenas na rede privada e foi ampliado de quatro para nove genótipos contra o HPV (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58).

“Com essa composição, a nova vacina nonavalente confere proteção contra 90% da incidência de câncer de colo de útero e 85% dos casos de câncer vaginal, além de verrugas genitais, papilomas de laringe e tumores em regiões como vulva, vagina, pênis, ânus, boca e garganta”, explica a infectologista e consultora do serviço de imunização do Sabin Diagnóstico e Saúde, Ana Rosa dos Santos, informando que a vacinação é recomendada para adultos e crianças, de 9 a 45 anos, de ambos os sexos.

A especialista esclarece que, entre os principais sintomas da infecção, está o aparecimento de verruga nas regiões anal ou genital, que pode ser unitária ou variada e com tamanhos diferentes. No entanto, é bastante comum que muitas pessoas com HPV não apresentem nenhum sintoma, e, sem saber, acabam por infectar outros indivíduos pelo contato sexual, tanto vaginal, anal ou oral.

“Portanto, o momento ideal para a vacinação contra o HPV é antes mesmo do início da vida sexual. Quanto mais cedo, melhor, uma vez que o imunizante produz os anticorpos que inibem a entrada do vírus nas células. Isso garante a proteção antes do contato com o vírus e reduz, também, a transmissão, além de prevenir a médio e longo prazo casos de câncer”, reforça.

Ela pontua ainda que “vírus não se acomoda apenas na vagina e no pênis, também pode se alojar em outras partes genitais, como vulva, períneo e região pubiana” e que “o uso do preservativo não anula o risco de contágio”.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina HPV quadrivalente está disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de duas doses, e imunossuprimidos de 15 a 45 anos. Na rede privada, a pessoa pode encontrar ambas as vacinas, que podem ser administradas de acordo com o esquema preconizado de duas ou três doses.

Segurança e eficácia

O infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, destaca também que as vacinas são seguras e eficientes. “A vacina nonavalente, de acordo com a literatura científica, apresenta imunogenicidade e segurança contra HPV, tendo eficácia contra lesões de alto grau, causadas pelos HPV 31, 33, 45, 52 e 58. Estudos de acompanhamento de longo prazo já demonstraram a efetividade e imunogenicidade sustentadas deste imunizante em um período de 8 anos”, informa Bastos, salientando que os dois imunizantes têm eficácia semelhante para prevenção de doenças associadas aos HPV 6, 11, 16 e 18.

Ele reforça ainda a importância da imunização, inclusive para quem já contraiu o vírus: “Mesmo quem já teve HPV, deve ser vacinado, porque existem as complicações do vírus. Além disso, a imunização ajuda a prevenir que as pessoas continuem expostas ao risco de infecções e reinfecções”.

Onde se vacinar

Os imunizantes estão disponíveis nas unidades físicas do Sabin em Salvador, localizadas em Alphaville, Graça e Itaigara; e nas cidades de Lauro de Freitas, no bairro de Villas do Atlântico, e de Barreiras, no oeste baiano. As pessoas também podem solicitar as vacinas no atendimento móvel pelo site https://www.sabin.com.br/agendamentos ou pelo telefone 71 3261-1314.

“O Sabin disponibiliza uma equipe especializada, por meio de agendamento prévio, para oferecer mais comodidade aos nossos clientes, que podem solicitar o serviço de imunização em casa ou no local de trabalho”, pontua Agnaluce Silva, gestora do Sabin em Salvador. Ela também informa que o atendimento móvel é direcionado para empresas que querem oferecer cuidados de saúde para os funcionários. Foto: Getty Images

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