Maioria dos jovens se irrita com mentiras no cotidiano

De acordo com pesquisa do Nube, essa prática é recusada por muitos

Apesar de ser reconhecidamente uma prática negativa, a mentira está presente em todos os âmbitos de nossas vidas. Com o intuito de entender mais sobre o tema, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “como você lida com a mentira?”. Com dados coletados entre os dias 15 e 26 de maio de 2023, o levantamento contou com a participação de 29.202 respondentes, de 15 a 29 anos de idade.

Esse aspecto surge nos primeiros anos de vida e pode criar problemas futuros para os cidadãos em todos os tipos de relacionamento, seja de amizade, amoroso ou profissional. Por isso, trata-se de um ponto a ser analisado e, em alguns casos, cuidado. Sendo assim, é interessante perceber como os jovens não enxergam essa atitude com bons olhos.

A maioria não gosta de mentiras e se irrita com ela

A maior parte dos entrevistados, 52,93% (15.456), se irrita quando alguém inventa alguma informação. “Isso é algo presente na rotina de todos e um dos âmbitos mais impactados por esse processo, é o ambiente de trabalho. O problema está na mitomania, afetando o dia a dia, como a não realização de atividades e até uso de falsos elementos para conseguir benefícios individuais. Eventualmente, isso pode surgir logo na entrevista. Seguir por esse caminho é perigoso e, em casos mais sensíveis, pode resultar em processos trabalhistas e até criminais”, comenta o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Gabriel de Godói Siqueira.

Na sua corporação, você conhece realmente com quem trabalha? É possível questionar se as áreas responsáveis pelo recrutamento e seleção fazem, de fato, uma análise profunda sobre os contratados. Levando em consideração o fato de muitas organizações deixarem de revelar as fraudes cometidas por seus colaboradores para blindarem suas marcas, é essencial realizar um estudo minucioso de quem vai compor seu time.

Muitos preferem distância dos mentirosos

Outra grande parcela, 25,72% (7.511), não conviveria com quem possui esse hábito, se fosse possível. Não é fácil identificar essa característica em um contato breve. Para auxiliar nesse processo, o especialista traz algumas dicas interessantes:

Construa relações profundas com as pessoas à sua volta.
Desenvolva o autoconhecimento
Respeite o espaço e o tempo dos outros

“Conviver com esses indivíduos é quase inevitável, porém, podemos ser seletivos com os nossos círculos sociais e ter atenção à nossa rotina”, destaca.

Alguns não se incomodam com essa atitude

Essa é a realidade de 9,14% (2.670) em relação ao tema. “Não é um processo simples e exige inteligência emocional. Cuidando dos seus valores, propósitos, objetivos e planos, pode alcançar esse patamar. É possível fazer a gestão da forma como reagiremos a esse acontecimento”, destaca o analista. Dessa forma, a ação dos outros não te afeta, evita estresse e conflitos. No entanto, poucos conseguem ser assim.

Outros sofrem quando presenciam algo do tipo

Para 7,16% dos entrevistados (2.091), esse aspecto é prejudicial e causa sofrimentos. ”Como indivíduo, evitar a mentira para não impactar negativamente em suas realizações ou afastar colegas é uma excelente ação. Entender quais os possíveis gatilhos geram esse comportamento é o primeiro passo. Uma forma eficiente é promover bons diálogos”, complementa Godói.

Uma pequena parcela admite utilizar das mentiras

Por fim, 5,05% (1.474) confessaram dizer umas “lorotas” de vez em quando. A psicóloga Erika Moreira, trouxe em uma publicação as diferentes vertentes dentro desse assunto. Segundo ela, a falta da verdade é algo normal e presente no desenvolvimento humano desde a infância. Contudo, é preciso ter cuidado quando a pessoa tem o hábito de usar pequenas irrealidades convencionais e inofensivas, alcançando um nível patológico, passando a prejudicar alguém.

“Mentir é um processo psicológico e leva um indivíduo a tentar convencer outro a aceitar ou crer em algo. Importante dizer, quem está comunicando essa informação falsa tem ciência da sua falta de veracidade”. (Marcos Abe – Manual de Análise Técnica, 2009). (Nube)

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