Presidente da Comissão de Agricultura critica projeto que proíbe pulverização aérea: “Pode causar prejuízos irreparáveis para a produção agrícola”

O deputado estadual Manuel Rocha (União Brasil), presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), criticou nesta quarta-feira (21) um projeto de lei apresentado pelo parlamentar Hilton Coelho (PSOL) que proíbe a utilização da pulverização aérea de agrotóxicos no estado. Para Rocha, a medida, se aprovada, pode causar prejuízos irreparáveis para a produção agrícola da Bahia, afetando principalmente a lavoura de grãos, como milho, algodão e soja.

O tema causa preocupação ao setor no estado e foi debatido durante a Bahia Farm Show, uma das maiores vitrines do agronegócio brasileiro e internacional, realizada no início do mês em Luís Eduardo Magalhães. A pulverização aérea consiste na aplicação de defensivos agrícolas por meio de aeronaves, o que proporciona uma cobertura mais eficiente e rápida das áreas cultivadas.

Manuel Rocha destacou que a Bahia é um dos maiores produtores de soja, algodão e milho do país e que o setor agropecuário tem alavancado a economia do estado. “O Agro representa hoje cerca de 30% do PIB Baiano. Isso significa geração de emprego e renda e de divisas para o nosso estado. Como presidente da Comissão de Agricultura, vou trabalhar para que o projeto seja rejeitado no âmbito do colegiado”, salientou Rocha.

Segundo o deputado, a pulverização aérea é fundamental para o controle eficaz de pragas, doenças e plantas invasoras, garantindo a qualidade das lavouras e a produtividade dos cultivos. “Uma proibição da pulverização aérea pode ter efeitos catastróficos para a produção e afetar diretamente a economia da Bahia, elevando o desemprego e prejudicando um setor que impulsiona o desenvolvimento do estado”, alertou o parlamentar.

O deputado ainda pontuou que a lavoura de grãos, por exemplo, depende da aplicação precisa de defensivos para garantir a qualidade da produção. “Além disso, a proibição da pulverização aérea poderia levar ao aumento dos custos de produção, uma vez que outras formas de aplicação de defensivos seriam necessárias. Isso poderia impactar a viabilidade econômica das atividades agrícolas, reduzindo a competitividade dos produtores baianos no mercado nacional e internacional”, frisou.

O presidente da Comissão de Agricultura ainda ressaltou que a pulverização aérea deve ser realizada de forma responsável, seguindo rigorosamente as normas e diretrizes estabelecidas pelos órgãos competentes. “Os produtores baianos seguem à risca estas regras, e qualquer disfunção deve ser apurada e punida. Agora, precisamos levar em consideração os aspectos técnicos, econômicos e ambientais envolvidos”, ressaltou. Foto: AscomALBA/AgênciaALBA

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