Com audição sensível, pets sofrem com fogos de artifício no São João

Veterinária explica como amenizar o medo e o estresse do animal, além do frio do período

Você sabia que a audição dos animais de estimação é mais sensível do que a dos humanos? Estudiosos contam que, enquanto nós conseguimos ouvir até 20 mil hertz, os ouvidos caninos são capazes de captar até 40 mil hertz. Prova disso é o medo, o estresse e a irritação dos pets quando há fogos de artifício por perto, sobretudo em período junino, que é a época em que esta prática é mais constante. Por isso, a médica veterinária Simone Freitas, pós-graduada em Cirurgia de Pequenos Animais de Tecidos Moles e doutora em Imunologia pela UFBA, recomenda cuidados redobrados para amenizar o sofrimento e a angústia dos bichinhos.

“Não leve o cão ou gato para um local onde haverá queima de fogos. O ideal é que ele fique em casa e seja mantido em segurança até que termine a soltura dos rojões; feche bem as portas e as janelas para evitar que o animal fuja. Para abafar o som dos fogos, você pode ligar a TV ou o rádio, de modo que faça algum ruído que disfarce ou amenize o barulho; crie um refúgio para que o animal possa se esconder. Esse local deve ser um espaço onde ele vai se sentir seguro e não tenha risco de se machucar. Vale ainda colocar água, comida e o brinquedo favorito para que ele fique mais confortável”, detalha a veterinária idealizadora do VetGuide, que é um aplicativo voltado aos profissionais da área. Nele, inclusive, é possível acessar informações completas sobre este e diversos outros temas.

Simone Freitas ainda aconselha que, se houver mais de um animal na casa, é interessante separá-los. “O estresse causado pela queima de fogos pode ocasionar briga entre os pets e, consequentemente, fazer com que eles se machuquem. Em casos mais extremos, é interessante que o tutor converse com o médico veterinário para saber a melhor orientação”, ressalta.

Inverno

A época junina também pode ser uma vilã para os pets no quesito frio. Cães com pelagem curta são os mais afetados, mas isso não quer dizer que os mais peludos, como poodle, maltês e chow chow não sintam a queda da temperatura da época. Por isso, muitas vezes, é inevitável que eles sejam acometidos por resfriados, cujos sintomas são muito parecidos com os dos humanos, a exemplo de tosse, espirros, coriza, febre e falta de apetite.

Para aquecer o pet e evitar o surgimento de doenças e viroses, a médica veterinária dá algumas recomendações. “Na hora do banho, é fundamental usar água morna e secar completamente o animal. Em dias mais frios, o procedimento pode ser evitado. Em relação à tosa, o ideal é não tosá-lo totalmente, deixando uma certa quantidade de pelo para proteção. Na dúvida, peça sempre orientação ao médico veterinário. O local de dormir também requer atenção. O dono do bichinho deve observar se a casinha ou a caminha do animal está molhada ou úmida. É fundamental ter um lugar seco, aconchegante, macio e aquecido, evitando locais abertos e com muita ventilação”, conta Simone, enfatizando que a vacinação e a vermifugação devem estar atualizadas, pois o momento é propício para potencializar o surgimento de doenças.

Aplicativo

Indicado aos médicos-veterinários e estudantes da área, o VetGuide é um aplicativo pioneiro no Brasil, que possui mais de 30 mil usuários ativos. Com download gratuito, trata-se de uma inovação tecnológica para orientar os profissionais da área nos mais variados temas, inclusive quando o assunto é cuidado com os pets no São João e no Inverno. O VetGuide está disponível para os sistemas Android e iOS. Outras informações no www.vetguide.com.br. Foto: ilustração | Freepik

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