Ministério do Meio Ambiente recebe 7,3 milhões de assinaturas em defesa da Amazônia e do Pantanal

Ação fez parte de um “mutirão” inédito de entregas de petições, organizado pela plataforma Change.org, a cinco ministérios em Brasília

A equipe da plataforma de abaixo-assinados Change.org se reuniu, na manhã de sexta-feira (19), com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para entregar duas petições que acumulam 7,3 milhões de assinaturas cobrando medidas do governo para a defesa da Amazônia e do Pantanal. A audiência foi na sede do Ministério, em Brasília.

Sozinho, o abaixo-assinado contra o desmatamento na Amazônia engaja mais de 6 milhões de signatários. Aberto ainda em 2018, por uma moradora de Manaus, capital do Amazonas, a campanha é a maior já criada na versão brasileira da plataforma Change.org. A organização responde como a maior plataforma de petições online do Brasil e do mundo.

O jovem ativista socioambiental Gabriel Adami, membro do secretariado do Grupo de Trabalho (GT) Pantanal da Frente Parlamentar Ambientalista, assistente de políticas públicas do Instituto SOS Pantanal e autor da petição em defesa do Pantanal, também participou do encontro. O documento “O Pantanal Importa” reúne mais de 1,3 milhão de assinaturas.

“Levamos ao ministério o apelo da sociedade em torno desses biomas. São mais de 7 milhões de assinaturas simbolizando a voz dos brasileiros e brasileiras que cobram ações para a defesa da Amazônia e do Pantanal. Um grito pelo meio ambiente, que foi ouvido pelo Ministério”, diz Monica Souza, diretora-executiva da Change.org, que participou da ação.

A reunião foi com a secretária de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais, Rita Mesquita. Na terça (16), em outra audiência com a equipe da Change.org e ONGs, a ministra Marina Silva recebeu sete petições ligadas à causa animal, com 3,9 milhões de assinaturas.

O ministério recebeu as demandas e comentou sobre ações que serão tomadas em relação aos pedidos dos abaixo-assinados. Respostas oficiais serão publicadas nas petições.

Mutirão de entregas de petições

A audiência faz parte de uma ação inédita promovida pela organização Change.org para levar demandas dos brasileiros a autoridades tomadoras de decisão no Governo Federal. No total, foram entregues 21 petições, totalizando 20,4 milhões assinaturas, a cinco ministérios.

“O objetivo dessa ação foi abrir diálogo e espaço para que a manifestação pública dessas milhões de pessoas que se mobilizam em abaixo-assinados na internet possa ressoar dentro dos gabinetes do governo e provocar a ação das autoridades”, explica Monica Souza.

A reunião com o Ministério do Meio Ambiente encerra o mutirão que teve início na terça (16), com duas audiências. Além do encontro com a ministra Marina Silva, no mesmo dia a equipe da Change.org foi ao Ministério dos Direitos Humanos para apresentar abaixo-assinados sobre os casos João Pedro e Miguel, além de outros dois com pedidos de conclusão para o caso Dom e Bruno e mais um por direitos para pessoas trans e travestis.

Já na tarde de quarta-feira (17), um encontro foi realizado com o Ministério da Educação (MEC) para a entrega de duas petições. Os abaixo-assinados acumulam 3,1 milhões de signatários em defesa das universidades públicas e contra a proposta de taxação dos livros.

Nesta quinta (18), foram realizadas audiências com os ministérios das Mulheres e da Igualdade Racial. Ao primeiro órgão, foram levadas seis petições em defesa de leis e de políticas públicas sobre saúde, acessibilidade, segurança, justiça e trabalho às mulheres.

À tarde, houve uma reunião com o Ministério da Igualdade Racial. Além da Change.org, os pais do adolescente João Pedro, assassinado em operação policial no Rio de Janeiro, em 2020, também participaram. No mesmo dia, completaram-se 3 anos do assassinato do menino.

Ao ministério foram apresentados dois manifestos abertos na Change.org: “Justiça por João Pedro”, com 3 milhões de assinaturas, e “Justiça por Miguel”, que reúne 2,8 milhões de signatários. Mirtes Renata, mãe do menino Miguel Otávio, morto ao cair de um prédio em Recife (PE), também no ano de 2020, falou em uma carta que foi apresentada ao ministério. Foto: Change.org

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