Cresce em mais de 24% número de furtos de cabos em Salvador; prejuízos chegam a R$ 1,5 mi por ano

Ações criminosas afetam cofres públicos e geram escuridão e insegurança

A Prefeitura de Salvador, por meio da Diretoria de Serviços de Iluminação Pública (DSIP), contabiliza um prejuízo de TR$ 1,5 milhão anual para repor fiações furtadas da rede de iluminação pública da cidade. Este ano, os números são ainda mais alarmantes, e apresentam um crescimento de 24,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Se nos dois primeiros meses de 2022 foram registradas 213 ocorrências, em 2023 os números já chegam a 265 casos. Além disso, já foram contabilizados R$ 600 mil para reposição de fontes luminosas vandalizadas em 2023.

As ações criminosas, além de afetarem os cofres públicos, prejudicam a iluminação das vias da capital, impactando diretamente na segurança da população que precisa transitar por áreas escuras e com fiações expostas. Conforme dados da DSIP, as principais regiões em que ocorrem furtos de fiações são nas avenidas Paralela, ACM (especialmente na região do Itaigara) e Octávio Mangabeira, além da Via Expressa (Heitor Dias), Vale do Canela (Reitor Miguel Calmon), complexo viário 2 de julho – São Cristóvão e também nas passarelas e fontes luminosas da Praça da Sé e Piedade.

“Os furtos destes equipamentos paralisam serviços essenciais, como o fornecimento de energia, causando transtornos à população e gerando prejuízos irreparáveis para os cofres públicos. As ações são criminosas e desrespeitosas. Diariamente, recebemos denúncias de vias escuras. Ao encaminhar a equipe para o local, a situação é sempre a mesma: furto e/ ou vandalismo. Realizamos os reparos, e poucos dias depois a ocorrência se repete. Infelizmente, é um ciclo ditado por bandidos”, afirmou o diretor de iluminação pública da cidade, ngelo Magalhães.

Ações de prevenção e manutenção – A Dsip tem investido em estudos de projetos capazes de promover maior nível de segurança para a população. Uma das medidas é aplicação de infraestrutura projetada, com maior profundidade e eletrodutos concretados, além de instalar o cabeamento de forma aérea, dificultando o acesso aos cabos e reduzindo o risco de choque elétrico.

Também têm sido efetuadas ações preventivas nas principais avenidas da cidade, onde estão presentes os circuitos exclusivos de iluminação. A intenção é identificar e eliminar os riscos causados por fiações expostas, após as tentativas de furto. Existem também as rondas diárias noturnas para acompanhar a manutenção da iluminação da cidade.

Além disso, a DSIP tem aplicado sistemas antifurto que trava cabos subterrâneos e dificulta a retirada. Nas passarelas, os eletrodutos são de aço galvanizados, soldados na estrutura metálica. Nos locais, também são aplicadas grades de proteção para as luminárias. A equipe concentra caixas de passagem nas localidades com altos índices de furto e de ligações clandestinas.

As equipes da DSIP são acionadas pelos principais canais da Prefeitura, como a plataforma Fala Salvador, que pode ser acessada por aplicativo instalado em smartphones, portal na internet (www.falasalvador.ba.gov.br) e telefone 156. Através dessas ferramentas, o cidadão pode solicitar um serviço de manutenção, seja ele de caráter emergencial ou convencional. O prazo para resposta da demanda é de até 48 hrs.

Em casos de urgência, a exemplos de poste dando choque, poste caído, apagão acima de seis pontos em sequência e luminária caída, o cidadão pode entrar em contato através do WhatsApp da Dsip (71) 98549-8728 – o número não serve para atendimento via ligações.

Operação Metallis – Para coibir os furtos de fiações e fontes luminosas, a DSIP encaminhou ofício para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) solicitando a realização de mais uma edição da Operação Metallis. A iniciativa conjunta, que une a Polícias Civil, Militar e Técnica, além do Corpo de Bombeiros Militar, da Coelba, Embasa, CCR Metrô, empresas de telefonia, Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Guarda Municipal de Salvador, Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), dentre outros órgãos, tem como objetivo combater o comércio ilegal de cabos de cobre, fios e outros equipamentos furtados de empresas que fornecem serviços públicos. Conforme o Código Penal, “destruir, inutilizar ou deteriorar a coisa alheia”, pode gerar pena de detenção, de um a seis meses, ou multa. Foto: Jefferson Peixoto/ Secom

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