Roda de conversa debate saúde mental para a comunidade surda de Salvador

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Campo Temático Saúde da Pessoa com Deficiência, promove uma roda de conversa voltada para a comunidade surda, sobre os estigmas do cuidado com a saúde mental: “Ir ao psicólogo? Tá achando que sou louco?”. A atividade acontece na próxima sexta-feira (10), às 14h, no auditório do Multicentro de Saúde Liberdade Professor Bezerra Lopes, e contará com as presenças da psicóloga e intérprete de Libras, Ana Paula Melo, e do pedagogo Marcos André Neves de Souza.

Conforme a subcoordenadora de Ações Estratégicas da Atenção Especializada, Djara Mahim, a ação tem como objetivo fomentar os laços com a comunidade surda soteropolitana, visando aumentar a procura pelo serviço de acompanhamento em psicologia, disponibilizado para esse público pela SMS desde julho de 2022.

“Iniciamos a operacionalização desse serviço no ano passado com a chegada de uma profissional com expertise em Libras na rede municipal. A ação representa um avanço importante para a comunidade surda, uma vez que, pautados na lógica da inclusão, a gente precisa considerar a integralidade do cuidado com o sofrimento psíquico e mental, dando o direito de tratamento a essas pessoas. Assim, com essa iniciativa, queremos também reapresentar o serviço e sua relevância para que cada vez mais pessoas surdas o acessem, além de debater a temática como um todo”, explica.

Serviço – Se a pessoa surda precisar do serviço, o caminho é passar por triagem em um dos dois serviços parceiros da iniciativa. A Associação Educacional Sons do Silêncio (Aesos), no Imbuí, promove o acolhimento de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. Já no Centro Docente Assistencial de Fonoaudiologia (Cedaf) da Ufba, no Canela, o acolhimento acontece às quartas-feiras pela manhã. Os documentos necessários são RG, CPF, Cartão SUS, comprovante de vacinação contra Covid-19 e audiometria, se houver.

Após o acolhimento e triagem em um desses serviços, ao ser identificado no perfil de atendimento de serviço psicoterapia bilíngue (suspeita ou diagnóstico de transtornos mentais leves), o usuário é encaminhado com data e hora marcada. Hoje, a unidade atende até 35 adultos e crianças por semana, de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h. Foto: Bruno Concha/Secom

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