Pedagoga dá dicas para melhor adaptação das crianças em uma nova escola

Educadora parental e autora de best seller sobre educação positiva, Maya Eigenmann explica que o acolhimento é o melhor caminho para essa fase

A volta às aulas pode trazer ansiedade para os pequenos que estão ingressando em uma nova escola ou creche. Nessa adaptação é importante ficar atento aos comportamentos da criança, sem menosprezar ou forçar que ela fique menos ansiosa. Essa é a dica da pedagoga e educadora parental Maya Eigenmann, que complementa: a adaptação deve ser com base no acolhimento e afeto.

Mau humor, choro e irritabilidade nada mais são do que os sentimentos de insegurança da criança vindo à tona. Para um processo de adaptação voltado ao bem-estar dos pequenos Maya orienta que os adultos, sejam eles os pais ou professores, precisam observar o que a eles estão comunicando e se adaptar às necessidade emocionais.

“O ideal é que o adulto cuidador possa estar presente durante a adaptação com a criança na escola. Assim ela vai conseguir construir uma confiança maior com as pessoas que ela nunca viu antes, que não conhece ainda. Isso ajuda a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no sistema da criança”, explica Maya.

Sobre o tempo de adaptação não existe uma fórmula ou período definido. Não é uma receita de bolo, vai depender do tempo de cada criança para confiar nesses novos adultos em sua vida. Maya alerta ainda que ao procurar uma escola é muito importante perguntar sobre como funciona a adaptação e a relação dos professores com a criança nesse período. A escola afirmar que os pais não podem entrar na sala de aula não tem embasamento científico e pode, inclusive, ser prejudicial.

E não são apenas os pais, ou adultos cuidadores, os únicos responsáveis pela boa adaptação em uma nova escola ou creche. Os professores também têm papel vital, aponta Maya. “Existem muitos estudos feitos sobre esse período indicando que a responsividade dos professores é essencial para que uma adaptação ocorra de forma positiva para a criança. Nesse caso, a responsividade é a agilidade em responder às manifestações emocionais.”

Maya convida os adultos a lembrarem como se sentem no 1º dia de um novo trabalho. “Se nós adultos já nos sentimos ansiosos e inseguros nessa situação imagina uma criança, que não tem o cérebro maduro ainda. Não precisamos provar que a escola é legal, isso não tira a ansiedade e só faz a criança se achar inadequada por sentir o que sente. Só esteja ali para a criança e para o que ela precisa, é o suficiente”. Foto: Divulgação

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