Dirigido por Lô Politi, SOL, estreia nos cinemas nesta quinta-feira (08/12)

Premiado no Festival do Rio, longa com Rômulo Braga e Everaldo Pontes no elenco, aborda questões familiares e de afetos

Dirigido por Lô Politi que tem em seu currículo “Jonas” e “Alvorada”, e está finalizando o longa de ficção sobre Gal Costa, “Meu nome é Gal”, SOL estreia nesta quinta-feira, dia 8 de dezembro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre e Campinas.

Longa estreou na Mostra de Cinema em São Paulo do ano passado, e também foi exibido no Festival do Rio, de onde saiu com o prêmio de atuação para Rômulo Braga. Rômulo também foi premiado como melhor ator no BRICS Film festival, na China, no Inffnito Film Festival, em Miami. A produção é assinada pela Muiraquitã Filmes e pela Dramatica Filmes, a distribuição é da Paris Filmes.

A trama traz a história de Theo (Braga), um homem tentando reatar conexões de sua vida. Depois de um ano sem a ver, ele está novamente com sua filha pequena, Duda (a estreante Malu Landim), mas o passado bate à sua porta. Telefonemas insistentes de uma desconhecida avisam que seu pai, Theodoro (Everaldo Pontes), está em estado delicado num hospital, numa pequena cidade do interior da Bahia.

Desse reencontro, feridas mal-resolvidas do passado reemergem, e pai e filho precisam acertar essas contas. Entre eles, um novo elemento: a pequena Duda, uma menina esperta que se apega ao avô, e, por meio desse novo laço, pode o aproximar de seu pai, um homem calado e distante.

Politi, que também assina o roteiro, define SOL sobre abandono e reconexão. “A grande história não é a de pai e filho, mas de pai e filha. Ele precisa passar pelo abandono e desconexão com o pai para, ao fim, se reconectar com a filha. Ele precisou passar por tudo isso. A gente acha que está vendo uma história da origem dele, mas, na verdade, ele não está conseguindo se conectar com quem está do lado dele, que é a própria filha. Ele faz com a filha exatamente o que o pai fez com ele.”

Os laços de afetos entre os personagens começam então a se estreitar a partir do reencontro, desenhando uma história delicada e poética de reencontros e perdão. Theo, por exemplo, é um personagem silencioso, e isso foi um grande desafio para a diretora.

A diretora encontrou então em Braga o ator ideal para o papel do protagonista. “Rômulo traz naturalmente uma introspecção que é poderosa. Ele dá ao personagem a natureza dos conflitos internos e a gente entende isso, entende os motivos do personagem. Sem contar que a troca dele com o Everaldo e com a Malu foi incrível. Ele foi estabelecendo uma relação com eles muito interessante, pois também precisava se isolar, para o bem da história, e se aproximava na hora certa. Ele tem uma inteligência muito rara.”

Já Braga define sua participação no filme como intensa. “Dos poucos filmes que participei em que eu atuava tanto num processo assim, mesmo sendo protagonista. Em outros sempre havia um respiro e tal, em outras situações. Esse personagem, o Theo, estava quase o tempo todo na trama, ele vai seguindo a câmera. Estava todos os dias no set. Nesse sentido, o processo foi interessante porque, em um certo momento, eu passei a sentir que eu já não tinha mais o controle de atuação.”

SOL será lançado no Brasil pela Paris Filmes no dia 8 de dezembro.

Sinopse

Um pai recém-separado, que não consegue se reconectar com a filha de dez anos, é obrigado a viajar com ela para o interior do País em busca do próprio pai que o abandonou quando criança e agora quer morrer. O convívio forçado com o pai que ele odeia e a imediata conexão de sua filha com o avô testa todos os seus limites, mas lhe dá a chance de se reaproximar da filha.

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