Neste Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, lembrado nesta sexta-feira (25), a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) ressalta que as mulheres de todo o mundo gritam por socorro. A data faz referência ao assassinato das irmãs Mirabal, na Republica Dominicana. As três lutavam por direitos e contra a opressão.
“Se me matam, levantarei os braços do túmulo e serei mais forte”, foi o que disse uma delas, Minerva Mirabal, pouco tempo antes de ser assassinada.
“E sem dúvida elas estão mais fortes. E hoje somos mais fortes por causa delas. O mundo não esqueceu nem perdoou esse crime bárbaro, e hoje a luta das irmãs Mirabal é uma inspiração para todas nós. O exemplo delas e de várias outras mulheres do passado foi fundamental para que não perdêssemos a fé e conseguíssemos avançar em diversas frentes”, diz Ireuda, citando a Lei Maria da Penha e a tipificação do crime de feminicídio, no Brasil.
Hoje também começam os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, campanha da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Instituto Igarapé, mulheres têm 3,5 vezes mais chances de serem agredidas – a violência contra a mulher é o principal tipo de violência no Brasil. Além disso, mais de cinco mulheres são mortas a cada hora e 70% das vítimas de feminicídio são negras.
“Todas as mulheres gritam por socorro. Mas o grito das mulheres negras é mais alto, cuja vulnerabilidade é maior devido ao racismo e à negação história de direitos que marca a sua existência”, pontua Ireuda.
“Apanhar do esposo ou de familiares, assédio sexual e estupro, tanto dentro como fora de casa. O que leva um homem a cometer qualquer agressão contra uma mulher são as concepções patriarcais há muito tempo arraigadas na cultura e introjetadas nas pessoas desde a infância. Além de penas e leis mais severas, também devemos trabalhar em prol da conscientização”, acrescenta.
