Do Canadá, rapper brasileiro lança disco com canções políticas e críticas ao racismo

Em produção independente, Leonn cria estratégia de singles para apresentar “Ponto”, álbum que está no Spotify, com destaque para “Ra Cismo” e “Boombap de Angola”

“Ra Cismo” é até agora a música mais tocada do novo álbum de Leonn, rapper brasileiro radicado em Toronto, no Canadá. Seu disco “Ponto”, produção independente, traz 11 músicas com críticas sociais e políticas, além de análises e reflexões sobre questões democráticas, como diversidade e justiça.

Coincidência ou não, “Ra Cismo” chega ao público às vésperas do Dia Nacional da Consciência Negra, oficializado por lei em 2011 em homenagem a Zumbi, líder do Quilombo de Palmares; data que vem ampliando ações de reconhecimento e empoderamento da população negra no Brasil. Esta música foi gravada com o amigo Filosofino, também rapper de João Pessoa.

Para lançar seu novo álbum, Leon usou como estratégia a publicação gradativa de singles e reservou três exclusivas para versão final. Atualmente trabalhando no setor de construção civil no Canadá, Leonn deve apresentar seu novo disco em maio no Brasil.

“Estou morando fora, mas me mantenho o tempo todo conectado ao Brasil, lendo o noticiário e acompanhando as redes sociais. Componho minhas músicas, gravo e faço meus clipes aqui, mas quero fazer meu primeiro show ao vivo com ‘Ponto’ em João Pessoa, minha cidade natal”, afirma o artista.

No momento em que intelectuais e lideranças negras pedem representatividade no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, as letras de Leonn falam sobre o fato de negros, índios, gays e pobres ainda não terem vez na sociedade estruturalmente preconceituosa.

“Meu principal objetivo com a música é levar minha mensagem ao maior número de pessoas, fazendo-as refletirem sobre temas políticos e sociais como o sexismo, a homofobia e o racismo, que correm nossa sociedade. Quero fazer o maior número de shows que puder”, diz Leonn.

Sobre Leonn

Natural de João Pessoa (PB), Leonn interessou-se pelo rap aos 11 anos de idade ouvindo a banda Racionais, mas também bebeu na fonte do rock, pop rock e hard core. Foi DJ de música eletrônica e consolidou-se na carreira no Canadá, onde já dividiu palco com nomes internacionais como Vini Vici, Capitais Hook, Liquid Soul, Talamasca e 1200 microgramas.

Entre algumas de suas canções mais tocadas na carreira está “Filhos do ódio”, que fala sobre ascensão da extrema-direita no Brasil. Atualmente, Leonn também organiza eventos para ajudar novos talentos da música no Canadá.

Os trabalhos do artista podem ser vistos em seus canais de Instagram, Youtube, Spotify de mais plataformas agregadoras de podcast.

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