‘Educação não se faz sozinho’ é tema da 12ª Semana da Educação realizada em São Paulo

A 12° Semana da Educação, teve seu primeiro encontro no dia 18 de outubro, no Shopping Iguatemi, trazendo o lançamento do Movimento Educação Sempre, um projeto liderado coletivamente pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo por meio das Diretorias de Ensino Leste e Oeste de Campinas, Secretaria Municipal de Educação de Campinas, Fundação Educar e Fundação FEAC. Presente no evento, José Tadeu Jorge, Secretário Municipal de Educação e Membro do Comitê de Governança do Movimento Educação Sempre, comentou sobre a importância da participação coletiva no movimento, “a educação é algo que é dito como prioritário há muitos anos, décadas no Brasil. No entanto, os resultados disso na prática são ainda muito tímidos, e é preciso avançar muito mais rápido, o nosso entendimento é que esse avanço decorrerá da mobilização da sociedade brasileira, e o Movimento Educação Sempre propõe exatamente isso, que a sociedade se mobilize, que todos os segmentos se envolvam para priorizar a educação e colocá-la como a questão mais importante para o país. Todo mundo diz sempre que não existe país desenvolvido sem uma educação de qualidade, e é isso que nós precisamos fazer no Brasil”.

Os trabalhos foram iniciados com um bate-papo muito especial guiado por Edlaine Garcia, com a participação de: Debora Jeffrey, Professora da Faculdade Educação na Unicamp, Coordenadora do grupo de estudos e pesquisas em política, avaliação educacional, que trouxe uma análise sobre a importância da educação como política pública, e o papel do estado.

Em seguida tivemos Telma Vinha, da Faculdade Educação Unicamp, comentando sobre a importância do evento na educação: “o dia de hoje simboliza a continuidade de um trabalho que teve início anteriormente, mas que agora vai ganhar muito mais força com a união de várias instituições, de vários profissionais de educação, pensando as áreas prioritárias da educação, transformando-as em política pública, e isso é muito importante, porque a educação não se faz sozinho”.

E finalizando com a Cláudia Werneck, Jornalista, Escritora, Empreendedora social, ativista política, idealizadora e fundadora da Escola de Gente Comunicação e Inclusão, que também comentou sobre o tema: “educação é assunto de todo dia, educação é a base de qualquer tema, de qualquer fase da vida, só quando todas as pessoas estiverem na educação sempre é que nós conseguiremos de fato, criar uma rede expansora de ideias e de práticas, que vão criar novas soluções para dilemas novos e antigos”. O evento contou também com a presença do Dário Saadi, Prefeito de Campinas, que falou sobre a importância do movimento para a cidade:“esse Movimento Educação Sempre é fundamental. A educação sempre foi prioridade na nossa gestão e nesse momento pós pandemia, quando as crianças infelizmente tiveram uma defasagem do ensino, esse movimento torna-se fundamental para a Prefeitura de Campinas. Toda essa mobilização significa um avanço importante e um esforço da sociedade no sentido de melhorar a educação no município e assim melhorar o futuro das crianças”.

Dando sequência nos trabalhos, o segundo dia do evento foi marcado pelo Congresso Educação e Protagonismo – Alfabetização e Letramento, no Espaço Regatas – Campinas, com a presença de nomes importantes da educação que trouxeram exposições sobre o tema. Foram eles: Rosaura Soligo, Doutora em Educação pela Unicamp e Coordenadora de um Projeto da Abaporu Assessoria em Educação, abordando sobre o que a ciência tem a ver com isso, e comenta: “muitas vezes a ciência não é trazida para dentro da educação como sendo uma área fundamental para orientar as propostas que são feitas para meninos e meninas das escolas, então a ideia é discutir um pouco do que a ciência traz de contribuição para a educação, que muitas vezes é um lugar de muito achismo”, explica. Teve também a presença do Illan Brenman, Mestre e Doutor pela Faculdade de Educação da USP, bacharel em psicologia pela PUC de São Paulo, que falou sobre a importância das histórias, da leitura na formação de professores e alunos, de como essas histórias podem transformar a vida não só de quem conta, como também daquele que ouve;

Em seguida tivemos a Renata Frauendorf, Mestra em Educação pela Faculdade de Educação/UNICAMP em Formação de Professores e Trabalho Docente, que falou sobre a alfabetização para todos e com todos; Tivemos também a presença da Luciana Basseto, Pedagoga e mestre em Política Públicas em Educação pela Faculdade de Educação – Unicamp. Atuou por 31 anos como professora de crianças pequeninas, nos Centros de Educação Infantil da Prefeitura de Campinas. Também foi Orientadora Pedagógica, professora-formadora em cursos para educadores da Infância e participou da construção dos documentos curriculares da Secretaria Municipal de Educação de Campinas, que falou sobre o Brincar: “brincar é muito mais amplo do que a linguagem de brincar, então eu vim trazer aqui o convite para inspirar as pessoas a trazerem o brincar como fonte de conhecimento para dentro das escolas, como inspiração para as crianças”. Finalizando as apresentações tivemos a Alik Wundere, Professora e pesquisadora na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, e Lilly Baniwa, Professora e pesquisadora na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, falando sobre, a natureza como fonte de aprendizagem, a forma como deveríamos olhar para o meio ambiente, mostrando que a natureza tem vida assim como nós, e que merece uma importância maior.

O objetivo do evento é trazer questões da educação que precisam ser discutidas com urgência, dando a devida importância ao tema, gerando possíveis soluções, na esperança de uma educação de qualidade. A Flávia Vivaldi, Doutora em Educação pela Unicamp, que conduziu todo congresso, falou um pouco sobre tudo que foi apresentado até o momento: “ tivemos hoje o primeiro dia com a felicidade de temas maravilhosos, que foram muito bem programados e articulados, trazendo falas desde o direito da alfabetização, da ciência na alfabetização, tirando a perspectiva de que crenças são o suficiente para que as crianças aprendam. Isso foi um crescente, passando pelo encantamento da literatura infantil, pelo brincar e com uma finalização absolutamente importante para os dias de hoje, que é conhecer um pouco mais sobre os povos originários e a relação que eles estabelecem com a natureza, o quanto isso precisa está presente na educação nos dias de hoje, sobretudo com o planeta pedindo socorro”.

A Doutora encerrou dizendo a importância do evento para uma educação de qualidade: “a importância desse evento é algo que não é mensurável, porque a cada fala há uma provocação para que cada um de nós, que trabalhamos com educação tenhamos a responsabilidade de cada vez mais buscar nos instrumentalizar para oferecer uma educação de qualidade, inclusiva e equitativa”.

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