Seminário discute atuação de educadores com alunos do espectro autista

A Secretaria Municipal da Educação (Smed), em parceria com a Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA), promoveu na quinta-feira (15), no Lar Harmonia, em Piatã, um seminário sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) para gestores, coordenadores pedagógicos e professores da educação infantil municipal. O objetivo foi ampliar a forma de intervenção e atuação destes com os alunos do espectro.

Com o tema “A importância do ‘OLHAR’ cuidadoso para com os sintomas do TEA e suas formas de estimular o desenvolvimento”, o seminário contou com a palestra de Daniele Wanderley, que é psicóloga e psicanalista, e de Moniere Coelho, terapeuta ocupacional. Através da perspectiva das convidadas, que são especializadas no atendimento com intervenção precoce, o encontro é uma forma de sensibilizar a comunidade escolar para ter um olhar cuidadoso, percebendo os primeiros sinais do TEA e suas formas de intervir e ampliar o conhecimento para um trabalho mais efetivo.

Importância do atendimento – A terapeuta ocupacional Moniere Coelho ressaltou a importância de um atendimento integrado entre família, saúde e ambiente escolar para um melhor acompanhamento das crianças com TEA. Ela contou que o trabalho atualmente é integrado ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que presta apoio no atendimento ao Programa Saúde na Escola (PSE), com realização de visita social às crianças e ida destas a unidades de saúde.

“É fundamental tratar deste tema com professores da rede municipal, principalmente os do Cmei (Centro Municipal de Educação Infantil), já que atendem um público mais precoce, de dois a cinco anos, e é o segundo ambiente da criança, o que dá a possibilidade de observar os sinais apresentados e realizar o tratamento adequado. A articulação com os demais entes permite que professores possam escutar, estejam disponíveis e sejam articuladores com as famílias para que a criança possa ter uma melhor assistência integrada”, disse Moniere.

A professora da rede municipal Lucinalva dos Santos comentou como a capacitação auxilia a ter uma visão mais ampliada sobre os alunos com TEA e como prestar o melhor acompanhamento deles. “Esse curso de formação é muito importante para o professor, pois temos alunos com níveis do transtorno bem diferentes um do outro. E, por mais que sejam informações básicas, são importantes para o professor saber lidar, entender quais condutas adotar e como articular com a família. Muitas vezes em casa essas crianças não têm o suporte adequado e o professor serve como uma ponte para auxiliar que tenham uma melhor qualidade de vida tanto no ambiente escolar como familiar”, relatou. Foto: Otávio Santos/Secom

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