“O antirracismo precisa ser pauta central na sociedade e na política brasileira”, diz Marta após tortura física contra jovens negros em loja de Salvador

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia da Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) comentou, nesta quinta-feira (1), a tortura física contra dois jovens negros acusados de furtar 30 reais da loja onde trabalhavam na região da Lapa, centro da capital baiana, e disse que o caso é mais um retrato do racismo e da pobreza que pioraram no país após quatro anos de intenso retrocesso em políticas públicas e sociais.

“O país sempre foi marcado pelo racismo, e é ainda é resultado de uma construção escravocrata, de uma história de retirada de direitos das pessoas negras. È preciso que as leis sejam cumpridas, para que o racismo seja visto de fato como crime neste país, e o povo negro pare de ser visto como uma mercadoria, como um alvo. Ainda tem gente que não entende o porquê que falamos tanto que se comemora no Brasil uma falsa abolição da escravatura!”, afirma Marta, candidata a deputada federal pelo PT na Bahia.

Para a petista, a luta antirracista precisa ser um compromisso de todos que defendem a democracia brasileira e deve envolver todas as instituições públicas e privadas, começando pela educação.

“A educação no país precisa ser antirracista e todas as instituições brasileiras precisam estar comprometidas com esse princípio, para que isso tenha a amplitude necessária para acabar com o problema em sua raiz. Temos certeza que ao lado de Lula e Jerônimo estamos apoiando um projeto de governo democrático que entende a luta antirracista como primordial para o desenvolvimento social na Bahia e num país de maioria negra”, afirma a petista.

A candidata a deputada federal lembra que apesar do Brasil ser marcado historicamente por uma construção escravagista, o PT tem em sua trajetória a premissa da equidade e da reparação, com inclusão social, educação, geração e distribuição de renda, combate à pobreza e à fome. “Hoje, assistimos ao discurso de ódio, de preconceito, de justiça com as próprias mãos, da extinção de políticas sociais e de combate ao racismo. Em quatro anos nada se faz para o desenvolvimento social, apenas se levou o país a destruição econômica e à miséria em todos os sentidos”, declarou.

A petista pontuou ainda que o PT foi construído tendo em sua base a participação do movimento negro na construção dessas políticas públicas.

“Tivemos Estatuto da Igualdade Racial, Lei de Cotas, Leis 10,639 e 11.645 (que incluem o Ensino da História da África, Cultura Afro-Brasileira e Da Cultura Indígena nas escolas), a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), extinta no governo Temer. Vamos retomar todas essas conquistas”, acrescentou.

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