Quase 60% das micro e pequenas indústrias tiveram altas significativas nos custos de produção

Além disso, Índice de Custo de Produção apresenta melhora 81 pontos; Região Sul apresenta o cenário mais negativo com 71 pontos

O Índice de Custos de Produção das micro e pequenas indústrias (MPI’s), que integra a segunda pesquisa nacional realizada pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (SIMPI), revela que continua em alta os gastos com produção nos meses de julho e agosto, atingindo 59% da categoria. Considerando a pesquisa anterior apurada entre os meses de maio e junho que indicava 62% de aumento, os custos de produção registraram uma leve melhora nos resultados, mas seguem como um desafio aos empreendedores brasileiros. Nesta edição, o Índice de Custos está em 81 pontos e se analisarmos por região, o Sul é a que apresenta o cenário mais negativo com 71 pontos.

Preço de insumos e matéria prima estão entre os principais motivos

Grande parte do aumento registrado nos custos de produção ainda diz respeito aos gastos com insumos e matéria prima (42%), seguidos de transporte e logística (10%), e mão de obra e salários (7%).

Problemas com relação à obtenção de insumos e matéria prima seguem sendo a maior dificuldade, na percepção das micro e pequenas indústrias, resultando na quebra da cadeia produtiva. Para 72% delas, a alta de preços é o pior entrave, seguido de escassez de materiais (28%), atrasos na entrega (26%) e queda na qualidade (25%).

Endividamento das empresas

Outro entrave para as micro e pequenas indústrias revelado pela pesquisa tem sido o endividamento, 45% das MPI’s tem dívidas, sendo 29% em impostas, taxas e juros. Dividas junto a bancos e instituições financeiras somam 22% e 9% dívidas com fornecedores. Outros 9% afirmam ter dividas de outra natureza com empresas, pessoas e órgãos públicos.

Crise Econômica

Perguntados sobre os efeitos do entrave econômico do país, 45% concordaram que a crise é forte, afeta os negócios e não tem como prever quando a economia voltará a crescer. Logo atrás, 44% dos dirigentes entrevistados veem a crise mais fraca, ainda prejudicial aos negócios, mas já com previsão de volta do crescimento nos próximos meses. Por região, o Sul segue com 52% de empresários concordando que a força da crise econômica e seus efeitos negativos nos negócios ainda é grande e 52% no Nordeste vendo a crise mais branda e com breve crescimento nos próximos meses.

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