Artistas, amigos e familiares se despedem de Zelito Miranda em Salvador

O forrozeiro baiano Zelito Miranda foi enterrado na tarde desta sexta-feira (12), no cemitério Bosque da Paz, em Salvador. Durante o sepultamento, ele foi homenageado através das músicas “Do jeito que seu nego gosta” e “A vida do viajante”.

A cerimônia de despedida contou com a presença de familiares, amigos e artistas como, por exemplo, Del Feliz, Adelmário Coelho, Verlando Gomes e Leo Estakazero.

“Uma pessoa tão querida, um grande representante do forró, da cultura popular nordestina, contemporizamos muito. Um legado que ele deixa, inclusive para essa geração e também para os admiradores da cultura forrozeira”, afirmou Adelmário Coelho.

“Zelitão, cabeludo, muitos conselhos que ele me dava para valorizar a música baiana, os compositores baianos. Ele sempre foi essa figura alto astral, o último a sair das festas, das farras, ele me ensinou a viver”, disse o amigo do cantor, Verlando Gomes.

A viúva do cantor, Telma Miranda, falou um pouco sobre os últimos momentos de vida de Zelito.

“Teve um momento em que ele falou: ‘Eu não vou aguentar, estou com a falta de ar muito grande. Não vou aguentar, mas eu quero que fique para vocês que eu amo muito vocês, eu amo muito’. Eu estava com ele a vida toda, no palco ele sempre dava show e dentro de casa dele era muito melhor como pai, como marido, como companheiro, não tem igual”, disse, emocionada.

Zelito tinha 67 anos, faria aniversário no próximo dia 30, e faleceu em casa, na madrugada desta sexta, por causa de problemas no pulmão. Ele deixou esposa e duas filhas: Luiza e Clarice, que está grávida de nove meses de um menino.

Em 2021, Zelito teve pneumonia e ficou internado na UTI do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). Ele passou quase um mês tratando um processo infeccioso no pulmão, mas esteve lúcido e orientado durante todo o tempo e fez shows normalmente nos últimos meses.

O “Cabeludo”, como era carinhosamente chamado, era um ferrenho defensor da cultura regional, e buscava sempre a valorização do xote, baião, xaxado e outros ritmos nordestinos.(G1) Foto: Clarice Miranda/Divulgação

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