Edição de 2022 do Prêmio Maria Felipa tem repercussão nacional e internacional

A edição de 2022 do Prêmio Maria Felipa, a maior honraria concedida a mulheres negras na Bahia, ganhou repercussão nacional e internacional. A cerimônia, conduzida pela vereadora licenciada Ireuda Silva (Republicanos) no último dia 25, teve na lista de premiadas personalidades e autoridades como a embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia. Desse modo, a ocasião representou também um estreitamento dos laços históricos e culturais que unem o Brasil — e Salvador em especial — ao continente africano.

Para Ireuda, as crescentes repercussão e consolidação do prêmio nos últimos anos reflete o grau de importância que o mesmo adquiriu, junto ao debate cada vez maior que a sociedade tem feito sobre o racismo e o machismo. “Quando alguém vê uma mulher negra em ascensão, ou ocupando um posto de destaque social, não sabe a trajetória de luta nem os obstáculos que ela venceu até chegar ali. As pedras no caminho foram muitas, mais do que para uma pessoa branca. Portanto, homenagear essas mulheres é uma forma de enaltecer suas histórias de vida, mostrá-las que a luta valeu a pena e revelar à sociedade que nossa força e nossa capacidade são imensas, inesgotáveis”, diz Ireuda.

A edição do Prêmio Maria Felipa de 2022 foi notícia em alguns dos principais veículos de comunicação da Bahia e do Brasil, incluindo sites, portais de notícia, jornais impressos e emissoras de rádio e TV.

Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Assim como Joana Angélica e Maria Quitéria, ela lutou pela Independência da Bahia. Em 1823, lidero um grupo composto por mais de 200 pessoas, entre as quais estavam índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.

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