O vereador Duda Sanches (União Brasil) disse nesta quarta-feira (13) que os servidores da Câmara de Salvador vivem um “clima de terror” promovido pelo presidente da Casa, Geraldo Jr (MDB), que ignorou a solicitação do Ministério Público do Trabalho (MPT) pelo afastamento do procurador jurídico Marcus Vinícius Leal Gonçalves, acusado inicialmente por quatro advogadas de praticar assédio moral. Um caso chegou a render o registro de um boletim de ocorrência na Delegacia do Idoso.
Na terça (12), pelo menos 30 funcionários do Legislativo municipal participaram de uma reunião para debater uma situação de assédio generalizado apontada pela Associação de Servidores da Câmara (Ascam).
“Geraldo acha que é o dono da Câmara. É essa a sinalização que ele quer passar para os servidores da Casa, de alguém que, preocupado apenas com as eleições, fecha os olhos para denúncias graves como essa e sai de férias para fazer campanha?”, criticou Duda, ao comentar o recesso parlamentar decretado pelo presidente da Casa de modo irregular, antes de votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como determina o regimento interno.
O vereador lembrou que o afastamento solicitado pelo MPT tinha apenas caráter preventivo, para assegurar o bom andamento das investigações, e ainda assim não foi cumprido pelo presidente da Câmara. O órgão instaurou um inquérito para apurar a situação.
Novas ações relacionadas ao caso devem ainda ser apresentadas ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ministério Público do Trabalho (MPT) e à seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA).
