“Os agressores agem como se não houvesse lei”, diz Ireuda Silva no programa Forte por Ser Mulher

A edição desta quinta-feira (30) do programa Forte por Ser Mulher, transmitido ao vido nas redes sociais da vereadora licenciada Ireuda Silva (Republicanos), debateu a ineficiência do Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha. As convidadas desta semana foram a advogada Milene Pinheiro e a consultora de gestão de pessoas Jerusa Marques.

“Os agressores agem como se não houvesse lei. Não estamos dando murro em ponta de faca. Por que isso vem acontecendo? Por que esses agressores estão se sentindo impunes? Temos a Lei Maria da Penha, que não é faltosa. Mas ela precisa ser cumprida”, disse Ireuda.

Milene Pinheiro explica que, embora tenhamos a impressão de que o número de casos tenha aumentado, isso se deve em grande parte à maior disposição das vítimas para denunciar. “O número de ocorrências parece ter aumentado. É como se o tema não fosse tocado e isso não ocorresse. O tema de fato não era tratado. Tratávamos a violência doméstica de forma muito velada. Porque fomos educadas para sermos mulheres domésticas, submissas. Então a partir do momento em que a sociedade começa a falar sobre o tema, os números começam a crescer. O que está acontecendo? A cada dia em que as mulheres se fortalecem e registram as ocorrências, empoderam outras para também registrar”, pontuou.

Já Jerusa, ao relatar uma experiência pessoal, afirma que a violência psicológica pode ter consequências mais danosas do que a violência física. “A violência psicológica foi o que mais ficou gravado em mim. Mexeu tanto com a autoestima que eu não conseguia me olhar no espelho. Eu achava que era uma bruxa Keka, porque era essa a forma que ele vendia para mim. Quando cheguei na delegacia, sofri mais traumas psicológicos, talvez por falta de preparo ou de descaso, pois o machismo estrutural toma conta dos setores”, disse.

Categorias: Noticias

Comentários estão fechados