Jovens se sentem preparados para entrevistas de estágio

A maioria dos candidatos se consideram capacitados para as seletivas

Buscar uma nova oportunidade de ingressar no mercado de trabalho é sempre um desafio para a maioria das pessoas e o processo seletivo causa medo em muita gente. No entanto, os candidatos têm essa percepção? Justamente para entender mais sobre isso, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “você se sente preparado para participar de uma entrevista de estágio ou emprego?”. Com dados coletados entre os dias 2 e 13 de maio, o apontamento contou com a participação de 22.711 respondentes.

Quem está capacitado para concorrer

Grande parte dos jovens, 59,06% (ou 13.414) sempre leem e assistem vídeos com dicas para não cometer erros neste momento tão importante. Bianca Mari de Souza, recrutadora do Nube, explica quais são as principais falhas cometidas nesta etapa. “Uma das mais comuns é participar de seletivas para postos totalmente fora das suas ambições futuras. O estágio tem como objetivo o encontro da teoria com a prática. Por exemplo, se um estudante cursa Economia e gosta dessa área, não faz sentido concorrer em outro setor, pois em pouco tempo estará desmotivado”.

Para ela, muitos aspirantes também se descrevem de outra maneira na hora de preencher o currículo ou o cadastro para uma vaga. “Na apresentação pessoal, falam sobre algumas características interessantes, mas não as demonstram na dinâmica”. A falta de preocupação com aspectos de conversas virtuais, como verificação da Internet, do link da reunião e da cultura da empresa também são destacados por Bianca.

Muitos ficam inseguros sobre suas competências

Por outro lado, 28,75% (6.529) se sentem prontos, mas ficam em dúvida sobre como demonstrar sua capacidade. De acordo com a especialista, essa dificuldade pode ser trabalhada. “Ensaiar uma entrevista é muito legal e auxilia a pensar e pesquisar quais perguntas podem ser feitas. Caso precise comentar um fato, relatar da melhor forma possível, apresentando de forma organizada, trazendo uma linha de raciocínio e de bom entendimento. Entretanto, não se trata de decorar. Além do selecionador notar pela forma como discursa, há um outro ponto, a questão de não ter como prever quais serão as questões levantadas. Então, estude e se prepare corretamente”.

Às vezes o problema não está no conhecimento

Se perder no raciocínio é a realidade para outros 7,09% (1.610) participantes do levantamento. Para esses, tudo está sob controle, mas quando chega na “hora H”, os pensamentos tomam outro rumo. “Quando estamos nervosos, a atenção some de certa forma. Por isso, caso não tenha entendido alguma pergunta, solicite para o entrevistador fazê-la novamente. É fundamental expor as informações de um jeito claro, objetivo e organizado”.

Ademais, não é preciso ter vergonha de fazer esse pedido. “Antes de tudo, o selecionador tem ciência do estado emocional dos candidatos e isso é normal em qualquer processo seletivo. Portanto, não deixe esse fator interferir no seu desempenho. Não há problema em falar como está se sentindo e externar isso”, complementa a profissional do Nube.

Quantos têm consciência da necessidade de se preparar melhor?

Apenas 2,58%, ou 587, perceberam o déficit de conhecimento e a necessidade de melhorar alguns aspectos. “É bom buscar cursos e atividades extracurriculares, como informática, organização pessoal, idiomas, entre outros. Entretanto, existem mais pontos, como a questão da postura, vestimenta, formalidade na comunicação verbal e escrita, o foco na área e nos objetivos futuros. Por fim, demonstrar interesse também chama atenção”, destaca.

O nervosismo também é um empecilho

Já 571 entrevistados, um recorte de 2,51%, são afetados pelo clima de pressão e atrapalhados pelo nervosismo. “Existem técnicas para auxiliar nessa tensão. Uma delas é treinar antes, pois as ideias fixadas na mente fazem o diálogo fluir mais naturalmente. Outra opção é segurar algum objeto durante o bate papo e transmitir a energia para esse elemento. A respiração também pode influenciar em muitos fatores”.

Por fim, a especialista destaca: “esses cuidados devem acontecer no on-line ou presencial. A diferença está na busca do local adequado e de equipamentos ideais para realizar a conferência quando ela acontecer no modelo remoto”.

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