A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), condenou a proposta, em tramitação no Congresso Nacional, que prevê a cobrança de mensalidade em universidades públicas. Para a republicana, se aprovada, a medida causaria o retrocesso na democratização do ensino superior no Brasil.
“O que mais vão tentar tirar de direitos? Embora a proposta fale em isenção aos mais pobres, os critérios para esse filtro não estão claros e sabemos o quanto esse sistema é falho. Além disso, o estudante de baixa renda têm carências que vão muito além da mensalidade: a maioria precisa de auxílio alimentação e auxílio moradia, além de outros tipos de ajuda para conseguir terminar o curso, muitos dos quais são em período integral”, pontua a republicana.
Segundo a vereadora, a discussão sobre a universidade pública deveria girar em torno de outros aspectos mais importantes e urgentes para a classe estudantil e o país. “Uma sociedade sem educação de qualidade é uma sociedade sem futuro. As universidades públicas precisam, mais do que nunca, de orçamentos maiores, investimento em infraestrutura, professores qualificados, segurança, tornando-as cada vez mais capazes de contribuir com o desenvolvimento do país. E servindo em conjunto com as universidades privadas, que também cumprem um importantíssimo papel”, defendeu.
