A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), avalia que o caso do homem que sequestrou a ex-namorada e tatuou o próprio nome no rosto dela, no interior de São Paulo, mostra como o machismo faz os homens se verem como proprietários do corpo, da mente e da vida das mulheres.
“O machismo faz os homens se acharem proprietários do nosso corpo. Trata-se de um sistema frágil, movido por inseguranças e sentimentos primitivos, e que age com violência para tentar controlar e ditar os rumos da vida das mulheres. Esse homem que tatuou o rosto da garota não pode sair impune. E além da punição deveria ser tratado, pois quem comete tamanha barbaridade não está com o juízo no lugar”, pondera Ireuda.
A republicana também defende que a vítima receba toda a proteção possível, além de acompanhamento psicológico pago pelo agressor. “Essa menina sofreu agressão física e psicológica. O dano pode ser irreparável, mesmo que tenha todo o amparo necessário. Portanto, nada mais justo do que o agressor ser obrigado pela Justiça a pagar o tratamento médico e psicológico da vítima”, acrescenta.
