“Transformação digital é fazer o simples bem feito”, afirma especialista em tecnologia

“Transformação digital é fazer o simples bem feito”, afirma especialista em tecnologia

Todo processo de aceleração digital é um processo de transformação cultural. Afinal, a tecnologia é um meio, e não um fim: tudo o que executamos são fenômenos humanos. A definição é do especialista em tecnologia Allan Costa, vice-presidente de operações e sócio da ISH Tecnologia, que foi convidado para palestrar sobre “Digital Business” pelo Grupo de Aceleração Digital (DAG, da sigla em inglês) do Programa de Competitividade do World Trade Center (WTC) Curitiba, Joinville e Porto Alegre. Cofundador da AAA Inovação e da Curitiba Angels, Costa abordou o tema e esclareceu dúvidas dos empresários do Sul do país que integram o DAG, em encontro híbrido realizado quinta-feira (12).

“Inovar e fazer transformação digital é fazer o simples bem feito, sem siglas complicadas ou exageros. O Jeff Bezos, CEO da Amazon, numa das cartas aos investidores, fala sobre a velocidade maior das transformações: nesses tempos de aceleração intensa, é mais inteligente investir tempo e esforço naquilo que é imutável, tentar descobrir esse nicho e inovar, ao invés de investir naquilo que pode mudar amanhã. Para isso, temos que implantar a cultura ágil dentro da empresa, com squads que tenham autonomia e prazos de entregas, o que requer investimento. É preciso dar liberdade e autonomia para inovar, tentar e errar, que faz parte do processo”, afirmou Allan Costa, neste que foi o segundo encontro do Programa de Competitividade realizado na sede do WTC Joinville.

“Cultura do desapego”

Segundo Costa, os gestores que implementam a transformação digital em seus negócios precisam entender que os caminhos que nos trouxeram até aqui não vão nos levar para a próxima etapa de realizações. “É a chamada ‘cultura do desapego’. Nesse meio de mudanças tecnológicas a todo tempo, não existe estabilidade mesmo em quem faz bem feito há décadas e tem sucesso com isso. Afinal, se um modelo de negócio, produto ou serviço já está estabelecido, alguém vai acabar copiando, aprimorando ou criando uma tecnologia para fazer melhor.”

Além disso, é preciso abandonar a falácia de que tecnologia acaba com a geração de empregos. “A tecnologia faz por nós aquilo que é tarefa repetida, para que a gente possa fazer o que somos melhores enquanto seres humanos: discernimento, capacidade de análise e de tomada de decisões complexas, com sensibilidade. Temos que ter essa clareza”, enfatizou o especialista, destacando que, historicamente, sempre que surge uma tecnologia disruptiva, a humanidade teve pelos seus empregos. “Mas a inovação só vem a somar. A tecnologia é geradora de riquezas.”

Para o executivo Sandro Vieira, presidente do DAG, receber especialistas dentro da estratégia do Programa de Competitividade, em encontros de learning from experts, é muito produtivo para os integrantes do grupo. “Experiências como as de Allan Costa nos ajudam, de forma bem direta e pragmática, a direcionar nossos esforços dentro das empresas para otimizar o processo de aceleração digital, que não é simplesmente um ‘copia e cola’ de outros cases similares, mas requer estratégia, engajamento e liderança, de acordo com os objetivos de cada organização”.

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