Pai e filho faturam 32º Festival competitivo Internacional de balonismo em Torres (RS)

Balões em formatos especiais brilham no Litoral do Rio Grande do Sul

Os balões exóticos, com formas geométricas e desenhos de personagens dos quadrinhos as mais diversas, além dos tradicionais, ilustraram o céu de Torres, no Litoral do Rio Grande do Sul, durante o 32º Festival Internacional de Balonismo, que terminou neste domingo (24).

Foram 11 dias de competição e vôos festivos neste que é o maior festival da categoria na América Latina, e o terceiro maior do mundo. O delírio do público no entanto, se deu nos momentos dos shows de design, quando os balões exóticos “Special Shapes” decolavam. Outros pontos altos foram as provas competitivas, em especial na ‘Prova da Chave’.

A competição geral foi vencida pelo piloto paulista Fábio Pascoalino, 22 anos, natural de Itupeva, interior de São Paulo. Fábio Pascoalino é filho do piloto Fábio Passos, pentacampeão brasileiro de balonismo, campeão paulista em 1996 e bicampeão do Festival Internacional de Balonismo em 2000 e 2017, quando também levou o carro da prova da chave.

Pai e filho competem lado a lado. “Durante a prova somos competidores, não facilitamos um para o outro”, afirma Fábio Pascoalino, ao ilustrar que se um dia o pai deixar de acertar o alvo para lhe ajudar, ele se negaria a participar das provas.

A escola familiar tem dado certo. O jovem tem conquistado as primeiras colocações em todas as competições que participa. É o atual campeão brasileiro de balonismo, que também ocorreu em Torres (RS) no ano passado, é o atual campeão paulista, e campeão do Open Torres de Balonismo, além de tetra campeão brasileiro júnior, e 4º lugar no Campeonato Mundial Júnior 2021. Fábio é o atual 1º lugar do ranking nacional de balonismo, e vai representar o Brasil no Mundial de Balonismo na Eslovênia em setembro deste ano.

A “Prova da Chave” garantiu um veículo zero quilômetro ao balonista Murilo Hoffmann, que é natural de Torres, que foi também o campeão na categoria geral no ano passado. A prova é considerada muito difícil, pois os balonistas precisam descer até praticamente o solo, para pegar a chave do carro que fica pendurada num mastro há cerca de dois metros do solo. Após a façanha, tem que recolher a chave, e não solta-la.

Balões exóticos emocionam o público

A criatividade do design brasileiro tem se destacado nos céus pelo mundo. Em todos os principais eventos de balonismo, o paulista Luiz Paulo Gnecco Rodrigues de Assis, fabricante de balões especiais tem dado seu show a parte. Atualmente com fábrica na capital Paulista, e representação nos Estados Unidos, Gnecco já levou seus balões exóticos para mais de 20 países.

Os balões, em formas de personagens dos quadrinhos, ou mesmo de logomarcas de empresas fazem sucesso porque fogem da forma tradicional. Para isso, há muita tecnologia envolvida.

“Ganhamos destaque mundial ao participar do Festival Internacional de Balonismo de Albuquerque, nos Estados Unidos”, recorda Gnecco que esteve pela primeiras vez do evento em 2003. O festival acontece anualmente na cidade de Albuquerque, no Novo México. Hoje o balonista tem mais de 20 formas diferentes de balões construidas, e voando pelo mundo.

De fato os balões exóticos tem uma complexa engenharia para que saiam do ar com sucesso. “Os balões especiais tem um conceito de construção mais elaborado, necessita de estruturas diferentes de um balão convencional. A maior questão é transformar uma figura num balão navegável. Então você tem que trabalhar com atenção no centro de gravidade, usar dutos para encher as câmaras de ar, os appendices”, ressalta o fabricante.

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