Apelidada como “a mulher que trabalha”, a ex-vereadora de Salvador, advogada e missionária Rogéria Santos (Republicanos) é uma das principais apostas de seu grupo político para ajudar na renovação do Congresso Nacional. Com décadas de experiência no ativismo social e na luta pelas mulheres, a republicana acredita que em 2022 o Brasil terá uma oportunidade de ouro para tornar os Legislativos mais igualitários.
“A pouca quantidade de mulheres no Poder Legislativo e na administração pública de modo geral não é por acaso, mas se deve ao machismo estrutural da sociedade, que sempre limitou o raio de atuação da mulher. Só agora temos tido mais oportunidade para nos candidatarmos e sermos eleitas, provando não apenas nosso potencial, mas a necessidade que é ter representantes femininas nos mais diferentes espaços. E o eleitor precisa ter consciência disso, pois a decisão está nas mãos dele”, diz Rogéria, que se destacou no comando da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e na Câmara de Salvador, onde foi um das vereadoras que mais protocolaram projetos (mais de 700 em menos de quatro anos).
Na Câmara dos Deputados, em Brasília, há 77 deputadas federais contra 462 deputados; por sua vez, o Senado, após as eleições de 2018, perdeu uma mulher e passou a ter 12 senadoras, em um total de 81 parlamentares. Ou seja, a representatividade ainda está aquém do peso de 52,5% que elas têm no eleitorado. “É nesse momento que as mulheres precisam se unir ainda mais e lutar por mais candidaturas femininas. É uma forma de fortalecer a democracia”, acrescenta Rogéria.
